Tribuna Ribeirão
Política

Onyx evita falar sobre Previdência

VALTER CAMPANATO/AG.BR.

Ao apresentar as metas para os primeiros 100 dias de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lo­renzoni, não quis comentar nenhum dos pontos da refor­ma da Previdência. A medida, inclusive, não consta do cader­no de 35 metas apresentadas nesta quarta-feira (23). Em outras ocasiões, integrantes do governo haviam classificado a reforma no sistema de aposen­tadorias do Brasil como “prio­ridade zero” na gestão.

O ministro declarou que o texto da reforma da Previdência vai ser fechado “nas próximas semanas”, após o presidente re­tornar da cirurgia para retirada da bolsa de colostomia. O minis­tro espera que Bolsonaro volte a Brasília por volta do dia 7 de fe­vereiro. A cirurgia está agendada para o próximo dia 28, em São Paulo. “A equipe está afinada e, em seu tempo, os pontos virão”, destacou. “A gente está confian­te. Todos nós somos instrumen­tos para que o governo dê certo. O presidente é que vai nos dar a palavra e o direcionamento.”

Mais cedo, Bolsonaro de­clarou em entrevista à Bloom­berg TV, em Davos, que os militares entrarão em uma se­gunda etapa da reforma. O pre­sidente em exercício, Hamilton Mourão, por sua vez, disse que os integrantes das Forças Ar­madas querem que as mudan­ças sejam feitas por projeto de lei depois da reforma do sis­tema geral, a ser realizada por emenda constitucional. Onyx, porém, não quis comentar.

O ministro afirmou que o governo pretende chegar no dia 11 de abril com mais de 90% das metas cumpridas. Das 35 ações propostas no plano, duas já foram efetivadas: a medida provisória antifraudes no Insti­tuto Nacional do Seguro Social (INSS) e o decreto que flexibiliza a posse de armas no País. O mi­nistro não pontuou, no entanto, quais metas o governo acha que vai realmente concretizar nos primeiros 100 dias de gestão.

O ministro destacou ainda a meta de aumentar de 6,6 mi­lhões para 12 milhões por ano o número de turistas no País. O governo ainda quer implantar um comitê de combate à cor­rupção nos ministérios. A ação é planejada pela Controladoria Geral da União em parceria com os ministérios da Agricul­tura e da Saúde, primeiras pas­tas onde os comitês internos serão implementados.

Para o Ministério das Rela­ções Exteriores, duas ações fo­ram estipuladas, e uma delas é a retirada do Brasil do padrão de passaporte do Mercosul. A ideia é retomar o brasão da Repúbli­ca como identidade visual nesse documento. “Fortalecer a identi­dade nacional e o amor à Pátria”, justifica o documento. Onyx garantiu que o governo não vai “gastar um centavo a mais” com a mudança no passaporte. “Se tem um governo cascudo é esse do (Jair) Bolsonaro, ele é mão fe­chada”, afirmou.

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