Tribuna Ribeirão
Polícia

Acusado de homicídio se apresenta à polícia

FOTOS: ARQUIVOS PESSOAIS/ REDES SOCIAIS

Jean Michel Carrille, acusado de ter assassinado a própria sobri­nha, Layane Carrille Silva, de 15 anos, em Guatapará, no último final de semana, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quar­ta-feira, 23 de janeiro, segundo o delegado Ricardo Turra, que havia solicitado a prisão temporária do suspeito. Ele permanecerá deti­do por ao menos 15 dias, mas a defesa deve entrar com recurso. O homem chegou à delegacia da cidade por volta das dez horas.

A prisão de Carrille foi decre­tada pelo juiz Giovani Augusto Serra Azul Guimarães, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Crimi­nais de Ribeirão Preto, na tarde de terça-feira (22). O homem é acusado de matar a sobrinha porque não concordava com o namoro dela com um rapaz mais velho, de 29 anos. A meni­na foi morta com um tiro de es­pingarda na cabeça, no domingo (20), na calçada da casa da avó, em Guatapará. O suspeito teria alega­do que o disparo foi acidental.

Jean Michel Carrile foi visto deixando o local com a espingarda na mão. A investigação apontou que, por várias vezes, o tio havia ameaçado a garota de morte. O as­sassinato aconteceu durante uma briga na rua envolvendo o sus­peito, um irmão dele e outros dois homens. De acordo com a Polícia Civil, Layane dormia na casa da avó e acordou com a confusão. Vendo que se tratava de uma briga e que outro tio estava caído na rua, ela pegou o celular para chamar a polícia, mas foi atingida pelo tiro. A menina chegou a ser le­vada a uma unidade hospitalar, mas não resistiu.

Os policiais militares que aten­deram a ocorrência apresentaram o caso como de homicídio culpo­so, produzido por disparo aciden­tal. Depois de ouvir familiares da vítima, o delegado Ricardo Turra apurou que o tio tinha desaven­ças com a garota. Conforme os depoimentos, ele não aceitava o namoro da sobrinha com um homem mais velho.

A menina tinha feito comen­tários em família que desagra­daram o tio e, segundo o relato, o suspeito chegou a dizer que iria dar um tiro na cabeça dela. “Estávamos achando que era mesmo um caso de disparo aci­dental, afinal a vítima é sobrinha do atirador. Quando ouvimos a mãe e a irmã da garota, mudou tudo. Elas foram categóricas em afirmar que ele havia ameaçado Layane de morte.”

Para ter mais certeza do fato, o delegado ouviu vizinhos da fa­mília, que chegaram a presenciar as ameaças. “Uma garota chorou durante o depoimento, se cul­pando pela morte da menina, pois ela havia relatado as amea­ças e a amiga a dissuadiu de fa­zer a denúncia à polícia, pois não acreditava que o tio dela pudesse cumprir o que dizia.”

Ele juntou ao inquérito pos­tagem em rede social feita pela irmã da vítima, Thayne Carri­le, que acusou o tio Jean Michel pela morte da menina. Segundo o delegado, a confusão começou quando dois homens agrediram um irmão do suspeito. Michel entrou na casa e saiu com a espin­garda na mão, mas os briguentos já tinham ido embora.

“Ele viu o namorado da Laya­ne socorrendo o irmão e, ao ver a sobrinha no celular, atirou contra ela. Foi um disparo preciso, pois as testemunhas disseram que ele era caçador e sabia atirar” Michel fu­giu de carro. O veículo foi abando­nado com a arma usada no crime em um dos acessos da cidade. De acordo com Turra, a espingarda calibre 36 foi enviada para perí­cia. O delegado aguarda também o laudo da necrópsia, exame feito no corpo da vítima no Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto. Ele vê no caso característi­cas de feminicídio.

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