A Justiça de Ribeirão Preto acatou a denúncia de latrocínio – roubo seguido de morte –, apresenta pelo Ministério Público Estadual (MPE), contra os dois homens envolvidos no assassinato do adolescente Brener Bryan Alves Teixeira, de 17 anos, em 22 de novembro, em um ponto de ônibus localizado na rua Silveira Martins, Campos Elíseos, na Zona Norte.
Márcio Roberto Búfalo, de 45 anos, e Anderson Luis Mazzei Silva, de 38, agora são réus em processo criminal. Eles foram detidos nos dias seguintes ao crime. Brener Bryan Teixeira estudava na Escola Estadual Doutor Thomaz Alberto Whately. O garoto ia para casa e aguardava a condução no ponto de ônibus quando levou dois tiros à queima-roupa.
Búfalo efetuou os disparos. Ele confessou o crime depois que imagens de câmeras de monitoramento foram divulgadas, mas afirmou ao delegado César Augusto de França, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que a arma disparou acidentalmente. Mazzei Silva seria o motorista que aguardava o autor dos tiros no Volkswagen Gol estacionado na rua Rio de Janeiro, ao lado da escola. Ele nega participação no crime
Segundo o delegado, Mazzei Silva negou a participação no crime desde o momento em que foi detido. Na Central de Flagrantes, disse também que foi coagido pelo comparsa porque este teria ameaçado matar seu filho. A investigação desconsiderou suspeitas de brigas entre Brener Bryan Teixeira e outro adolescente, conforme comentários após o homicídio.
França explicou que “o pai disse que a questão estava resolvida, inclusive o Brener até mudou de escola para evitar qualquer problema. O adolescente nunca disse ao pai que foi ameaçado”, concluiu. Eles disseram que a arma do crime foi jogada em um “córrego” de Ribeirão Preto. Brener Bryan esperava pelo ônibus quando foi abordado por Búfalo.
O homem atirou contra o jovem e fugiu sem levar nada. A investigação da Polícia Civil concluiu que os dois acusados tinham a intenção de roubar o celular do adolescente, mas o estudante não quis entregar o aparelho e foi alvejado. Entretanto, em depoimento, Búfalo alegou que a arma disparou acidentalmente. Em depoimento, o autor dos disparos disse que a dupla havia roubado um celular minutos antes do crime, da mesma forma. O revólver usado pelo acusado foi jogado em um rio. A Polícia Civil encontrou duas garotas assaltadas pela dupla.