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RP lidera emprego no interior paulista

JF PIMENTA/ ARQUIVO TRIBUNA

O Ministério da Economia divulgou nesta terça-feira, 23 de janeiro, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desem­pregados (Caged). Segundo a pasta, o resultado de dezembro em Ribeirão Preto decepcionou, com déficit de 566 vagas com carteira assinada, mas o balan­ço de 2018 é o melhor em cin­co anos, desde 2013. A cidade é líder do ranking da geração de empregos formais no interior paulista e no estado só perde para a megalópole São Paulo.

Ribeirão Preto fechou o úl­timo mês de 2018 com déficit de 566 empregos formais – fru­to de 6.956 admissões e 7.522 demissões. Na comparação com novembro, quando a eco­nomia da cidade registrou su­perávit de 1.342 novos postos de trabalho, houve queda de 142%, ou 1.908 vagas a menos. O saldo de dezembro, apesar de negativo, é 38,9% superior ao do mesmo período de 2017, quando o município extinguiu 926 vagas (5.945 contratações e 6.871 dispensas) – 1.908 ad­missões a mais.

O recorde do ano passado ocorreu em agosto, com 1.813 carteiras assinadas – média de 60 por dia. Quatro dos prin­cipais setores fecharam o mês passado no “vermelho” – apenas o comércio registrou superávit. Apesar do déficit de dezembro, o saldo emprego formal em Ri­beirão Preto é o melhor para o mês dos últimos doze anos, atrás apenas do registrado em 2007, também deficitário, de 133 va­gas fechadas, mais de quatro vezes inferior ao rombo atual. Naquele período foram con­tratados 5.250 trabalhadores e 5.383 acabaram demitidos.

Segundo o Caged, o supe­rávit em 2018 foi de 6.958 va­gas formais de trabalho (96.236 admissões e 89.278 demissões), mais de sete vezes acima ao to­tal de de 2017, de 915 empregos com carteira assinada (86.647 contratações e 85.732 dispen­sas), alta de 660% e aporte de 6.043 empregos. É o melhor re­sultado do interior e o segundo do estado, atrás apenas do da capital (58.357).

Também é o melhor saldo dos últimos cinco anos na cida­de, atrás do registrado em 2013, de 8.527 novas vagas (128.129 novos contratos e 119.602 res­cisões), 18,4% acima do nú­mero atual, com 1.569 carteiras assinadas a mais. Apesar da boa notícia, em 2018 a soma dos re­sultados de janeiro (1.299), fe­vereiro (524), março (206), abril (589), maio (233), junho (-662), julho (635), agosto (1.813), se­tembro (534), outubro (757), novembro (1.342) e dezembro (-566) indica 6.704 empregos com carteira assinada. A dife­rença é de 258 postos.

Em 2015 e 2016 o municí­pio registrou déficits de 6.323 e 3.860, respectivamente. Em 2014 o superávit foi de 1.583 va­gas, em 2012 de 8.820, em 2011 de 12.684 e, em 2010, de 14.352. Nos meses de dezembro, todos os resultados anteriores a 2017 foram deficitários: de -2.046 vagas em 2016, de -2.520 em 2015, de -2.237 em 2014, de -1.289 em 2013, de -958 em 2012, de -1.207 em 2011, de -1.461 em 2010, de -1,392 em 2009 e de -1.301 em 2008.

O salário médio de admis­são nos empregos com cartei­ra assinada teve alta real de apenas 0,21% em dezembro de 2018 ante o mesmo mês de 2017. Na comparação com novembro do ano passado, houve alta de 0,19%, informa o Ministério da Economia.

Três setores puxaram a criação de vagas em 2018
Segundo os da­dos do Cadastro Ge­ral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira, 23 de janeiro, apenas um dos cinco principais setores da economia de Ribeirão Preto fecharam dezembro no “azul”. O comér­cio obteve o melhor resultado. No total do ano passado, nenhum segmento registrou déficit, mas o superávit foi puxado por comér­cio, prestação de serviços e constru­ção civil.

O comércio fechou dezembro com superávit de 137 empregos formais, com 2.230 admissões e 2.093 demissões. No ano passado inteiro, o saldo foi de 1.770 carteiras assinadas, com 28.043 con­tratações e 26.273 dispensas. O setor de serviços fechou o mês com déficit de 38 vagas, resultado de 4.010 admissões e 4.048 demissões. No ano todo, somou 4.786 postos de trabalho abertos, com 52.791 novos contratos e 48.005 rescisões.

A construção civil admitiu 347 operários e demitiu 688, fechando dezembro com déficit de 341 empregos. No ano passado inteiro, o resultado positivo é de 644 carteiras assinadas, com 7.275 contratações e 6.631 dispensas. A indústria con­tratou 305 pessoas e dispensou 589 em dezembro, déficit de 284 vagas. No ano, o setor abriu 28 vagas, com a geração de 7.286 empregos formais e a extinção de 7.258. Por fim, a agropecuária fechou dezembro com saldo deficitário de 33 vagas, fruto de 22 admissões e 55 demissões. No ano todo, o superávit é de 192 carteiras assinadas, com 403 contratações e 384 dispensas.

Em 2017, os principais setores da economia ri­beirão-pretana conseguiram cobrir o rombo de 3.860 postos de trabalho fechados em 2016, com a geração de 4.775 novas vagas e saldo de 915 carteiras assi­nadas, alta de 123,7%. Nos últimos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado registrado pela economia de Ribeirão Preto ocorreu em 2010, quando a cidae contratou 109.136 pessoas e dispensou 94.784, com superávit de 14.352.

Depois vem o ano de 2011, com 118.529 em­pregos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864. Uma ampla pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), coordenado pelo economista Gabriel Couto, mostra que nos últimos dez anos, entre 2007 e 2017, a cidade acumula déficit de 5.217 empregos formais.

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