A Polícia Civil protocolou nesta segunda-feira, 21 de janeiro, na 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais de Ribeirão Preto, pedido de prisão temporária de Jean Michel Carrile, suposto autor do homicídio de sua sobrinha, a adolescente Laiane Carrile Silva, de 15 anos, ocorrido neste final de semana, em Guatapará. Após o crime, o suspeito fugiu e encontra-se foragido.
A investigação apontou que o suposto autor do crime, havia algum tempo, ameaçava a vítima de morte – dizia que iria dar um tiro na cabeça dela –, segundo familiares ouvidos na tarde de ontem na Delegacia de Polícia Civil de Guatapará. A garota teria feito um comentário, no ambiente familiar, a respeito do tio.
Testemunhas dizem ainda que o homem ameaçava a adolescente porque era contra o relacionamento dela com um rapaz de 29 anos. A garota morreu após ser atingida por um tiro de espingarda na cabeça. O caso foi registrado na madrugada de domingo (20). Outra versão foi aventada após a morte da jovem, de que o disparo teria ocorrido durante uma discussão envolvendo familiares.
A jovem dormia na casa da avó e teria acordado com o barulho da confusão. Dois tios dela e outros dois homens brigavam por causas desconhecidas, nas proximidades da residência, no meio da rua. Laiane teria sido atingida acidentalmente quando foi até o local e depois de acionar a Polícia Militar. A garota chegou a ser socorrida a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto para necropsia. A arma foi localizada pelos policiais militares dentro de um veículo abandonado nos arredores do município. A ocorrência foi registrada como homicídio doloso, quando há a intenção de matar, mas os policiais civis ainda não descartaram a possibilidade do disparo acidental.
Em rede social, uma irmã de Laiane acusa o tio pela morte. O pedido de prisão também será avaliado pelo Ministério Público Estadual (MPE). Segundo a Polícia Civil, uma testemunha ouvida, que não é da família, disse que quando Jean Michel saiu de casa com a espingarda e deu o tiro, já havido acabado a briga.