Essa inquietante pergunta está sendo feita aos ribeirão-pretanos, nas peças publicitárias de uma campanha lançada pelo Ribeirão Preto Convention&Visitors Bureau, na última sexta-feira.
A campanha tem como objetivo um resgate da história da cidade, por meio da arrecadação de fundos (as conhecidas ‘vaquinhas’), para garantir a reforma dos prédios públicos e históricos de Ribeirão Preto.
A estação da antiga Mogiana (Barracão) e o Museu do Café, são o foco das primeiras intenções. Ambos os prédios estão visceralmente ligados à nossa história.
O Museu do Café, no entanto, está fechado há quase três anos e vem sofrendo pelas intempéries, ataques de cupins e sabe-se lá mais o quê, quando objetos históricos – e muitos únicos – não estão sob constante olhar de quem realmente os valoriza…
Já o prédio da Estação Barracão, construído no ano de 1900, mas abandonado há mais de 40 anos, embora não esteja em situação de penúria, sofre, claro, ação de vândalos e do tempo, mas principalmente, não ‘conta’ mais nenhuma história aos jovens…
Esta semana, em um não menos inquietante artigo, o empresário Rui Chúfalo Guião teceu analogias sobre a postura dos cidadãos em muitos países chamados desenvolvidos. O povo faz sim um país. Devolver um carrinho do supermercado ao seu lugar de origem; cuidar de bancos, praças, placas de ruas e tantas ações individuais que podemos perfeitamente fazer no nosso dia a dia, transformam.
Felizmente, nem tudo está perdido (?) e algumas ações nos alentam de que há esperança. Este próprio Tribuna noticiou – também na sexta-feira (18) – o processo de reforma e restauração pelo qual vai passar a nossa biblioteca Altino Arantes, no Centro Histórico de Ribeirão.
Aos incrédulos de que essa transformação possa ser possível, vale um lembrete histórico. Todas as empresas que, no passado, foram responsáveis por colocar no chão os palacetes e mansões da cidade, em troca de modernas construções, estacionamento e arranha-céus, faliram! Claro que pode ser pura coincidência…