Tribuna Ribeirão
Saúde

Sumarezinho – Prefeitura procura parceira para UPA

JF PIMENTA/ ESPECIAL PARA O TRIBUNA

A prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, publicou na edição do Diário Oficial do Município (DOM) da última quinta-feira, 17 de janeiro, edital de chamamento público para a qualificação de Organizações Sociais de Saúde (OSS’s) inte­ressadas na gestão e execução das ações e serviços da Unida­de de Pronto Atendimento, a UPA Oeste, na rua Cuiabá, no bairro do Sumarezinho, que vai atender 24 horas por meio da Rede de Atenção às Urgências e Emergências.

Agora, a prefeitura vai cre­denciar as organizações sociais interessadas em administrar a UPA Oeste e pré-selecionar quais estão aptas a celebrar um contrato de gestão com o mu­nicípio, considerando a lei nº 14.270 de 12 de dezembro de 2018, e as demais normas que regem as condições previstas no edital. Serão selecionadas pesso­as jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, constituídas sob forma de fundação, associa­ção ou sociedade civil. Numa segunda etapa será definida qual delas assumirá a gestão do pos­to de atendimento 24 horas, por meio de licitação.

O edital e seus anexos estão disponíveis no site www.ribei­raopreto.sp.gov.br, no banner “Chamamento Público para OSS – UPA Sumarezinho”. A expectativa da Secretaria Mu­nicipal da Saúde é inaugurar a unidade em meados deste ano. Desde que o prefeito Duarte No­gueira Júnior (PSDB) assumiu a prefeitura, em janeiro de 2017, o governo busca parceiros para o gerenciamento da UPA do Su­marezinho. Um projeto chegou a ser encaminhado à Câmara, mas a Justiça barrou a votação e impôs multa de R$ 1 milhão caso a proposta fosse levada ao plenário.

A intenção da Secretaria Municipal da Saúde era celebrar convênio com o Hospital das Clínicas para que a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa) assumisse a administração da unidade, que está pronta desde dezembro de 2016, mas não pode ser inau­gurada porque faltam mão-de -obra e equipamentos. A pasta não tem recursos para contratar o pessoal necessário.

A obra custou R$ 1,9 mi­lhão com recursos da União e do município. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, sem a parceria não seria possível abrir a UPA Oeste por causa do custo e do impacto na folha de pagamento, estimado em cerca de R$ 24 milhões por ano. O se­cretário municipal de Governo e da Casa Civil, Nicanor Lopes, disse ao Tribuna que existem or­ganizações sociais sérias e com­petentes, que há vários exemplos em todo o Estado de São Paulo e que o município será rigoroso na contratação. “Ribeirão Preto está 30 anos atrás, agora vamos dar passos 30 anos à frente”, diz.

O Conselho Municipal de Saúde (CMS) aprovou, em reu­nião realizada no dia 23 de no­vembro, moção de apoio ao pro­jeto. O documento, assinado por 21 conselheiros, diz que a orga­nização social é uma nova e im­portante forma de configuração de gestão do sistema de saúde brasileiro. Ressalta que por si só terá o condão de transformar e materializar o direito à saúde no que tange ao acesso e à integra­lidade, com respeito aos dispo­sitivos constitucionais, transpa­rência dos contratos de gestão, prestação de contas e controle social, por meio da participação efetiva dos conselhos de saúde nas decisões de fiscalização.

“A população da região do Sumarezinho está sem atendi­mento em saúde e a única ma­neira de colocar a UPA Oeste para funcionar é por meio de organização social, já que a capacidade de investimentos da prefeitura para esse fim ul­trapassa o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, prevalece o bom senso”, emenda o presi­dente do Conselho Municipal de Saúde. Nilton Gilmar Nessi.

Outras UPAs
O Ministério da Saúde auto­rizou em, 2018 a construção da Unidade de Pronto Atendimen­to da Vila Virgínia (UPA Sul), em um terreno da prefeitura de Ribeirão Preto com área de 5,5 mil metros quadrados, localiza­do na avenida Monteiro Loba­to, entre as ruas Artur Ramos e Jorge de Lima. O projeto execu­tivo já está pronto e a Secretaria Municipal da Saúde aguarda a publicação da portaria que vai habilitar a obra e a liberação de R$ 3,1 milhões.

Já a UPA Norte, no Quin­tino Facci, deveria ficar pronta para o atendimento em 2016. Foi projetada para contar com nove leitos de observação e ca­pacidade de 300 pacientes por dia em uma abrangência de 200 mil pessoas. Escolhida por lici­tação, a empresa vencedora foi divulgada em 23 de dezembro de 2013, quando o projeto foi anunciado pelo custo de R$ 3,45 milhões, mas dois anos depois o projeto já estava orçado em R$ 3,6 milhões, 4,4%.

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