Tribuna Ribeirão
Política

PCdoB move ação contra decreto de posse de arma

REUTERS/PILAR OLIVARES

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) entrou nes­ta quinta-feira, 17 de janeiro, no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação contra o decreto assinado pelo presi­dente Jair Bolsonaro (PSL) que facilita as regras para o cidadão obter a posse de arma de fogo. Esta é a quinta vez que uma medida do governo é contesta­da na Suprema Corte.

O decreto de Bolsonaro tor­na possível adquirir até quatro armas, amplia o prazo de valida­de do registro de cinco para dez anos e, na prática, dispensa o ci­dadão de comprovar que tenha a “efetiva necessidade” de possuir armamento, o que era previsto pela legislação anterior. O presi­dente afirmou que esse é o “pri­meiro passo” no compromisso de campanha de garantir o “di­reito de defesa” da população. O aumento de acesso a armas, porém, é criticado por parte dos especialistas em segurança.

Para o PCdoB, as normas do decreto atentam contra o princí­pio constitucional da “razoabili­dade”, “na medida em que não se revela adequado e razoável, que toda a população de um País possa ter até quatro armas em sua residência, ou no local de trabalho, caso seja titular ou responsável por estabelecimento comercial ou industrial”.

O PCdoB também sustenta que Bolsonaro abusou de sua competência constitucional de regulamentar leis, invadindo a competência do Congresso Nacional de elaborar leis. O relator da ação no STF será o ministro Celso de Mello. O mi­nistro Luiz Fux, vice-presiden­te do STF, está comandando o plantão da Corte pelos próxi­mos dias e decidindo sobre ca­sos considerados urgentes.

O cidadão que decidir ad­quirir um revólver ou pistola após a entrada em vigor das novas regras para a posse de ar­mas desembolsará, no mínimo, cerca de R$ 3,7 mil para regu­larizar sua situação, cumprin­do a todos os pré-requisitos exigidos por lei. O valor inclui a aquisição do armamento es­colhido e a obtenção dos docu­mentos necessários.

Segundo sites de diferentes lojas que oferecem seus produ­tos na internet, o revólver mais barato encontrado, um .38 de cinco tiros, custa a partir de R$ 3,1 mil. As mesmas lojas ofere­cem revólveres .22 a partir de R$ 4 mil. A pistola de mesmo calibre custa a partir de R$ 6 mil. Um revólver .36 pode ser adqui­rido por R$ 4 mil e a pistola .380 a partir de R$ 5 mil. Conforme explicou, por telefone, o vende­dor de um dos estabelecimentos, os preços são para a venda onli­ne, podendo variar na loja física.

A aquisição de uma arma ainda envolve outros custos. É preciso, por exemplo, pagar R$ 88 para a Polícia Federal (PF) a fim de obter o registro necessá­rio para manter o revólver em casa ou no local de trabalho. Com a publicação do Decreto nº 9.685, ontem (15), a valida­de do Certificado de Registro de Arma de Fogo aumentou de cinco anos para dez anos. O de­creto também estipula que, ao solicitar o registro, o interessado que vive ou trabalha em local com crianças, adolescentes ou pessoa com deficiência mental deve declarar possuir cofre ou local seguro com tranca para ar­mazenar a arma.

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