Tribuna Ribeirão
Política

Sindicato critica déficit de policiais

Levantamento do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo (Sindpesp) revela que nas cidades da região de Ribeirão Preto subordinadas ao Departamento de Polícia Judiciária do Interior Três (Deinter-3), que envolve 93 municípios, existe um déficit de 811 policiais civis. Integram o Deinter-3 as Delegacias Sec­cionais de Ribeirão Preto, Ara­raquara, Barretos, Bebedouro, Franca, São Carlos, São Joa­quim da Barra e Sertãozinho.

De acordo com os dados divulgados, na região existem 2.313 cargos para as funções de delegado, escrivão, investi­gadores agente policial e carce­reiros, mas apenas 1.502 estão ocupados, quase 65% do total. A carência é maior em relação à carreira de escrivão, com dé­ficit de 198 profissionais.

“Os números estão aí para mostrar o déficit. Esperamos que, daqui para frente, o go­vernador João Doria (PSDB) compreenda o mal que gover­nos anteriores fizeram contra a Polícia Judiciária e, em úl­tima instância, à população paulista, e freie esse déficit o mais depressa possível”, dispa­ra a delegada Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindi­cato dos Delegados.

“É preciso investimento real para que uma efetiva política de segurança pública seja im­plementada”, afirma a delegada sindicalista. Em todo o estado de São Paulo, segundo os dados atualizados até 31 de dezembro, o déficit é de 13.479 profissionais na Polícia Civil paulista.

O número representa 32,16% do total de vagas pre­vistas em lei. Já são 128 cargos vagos a mais do que o apresen­tado no levantamento do mês de novembro. Comparado ao mesmo período do ano anterior, o déficit aumentou em 19,83%, levando-se em conta que, em dezembro de 2017, a defasagem era de 11.248 policiais civis. Fal­tam hoje 762 delegados de polí­cia, 25 cargos vagos a mais do que no mês anterior. Ou seja, 22% das vagas previstas para o estado começaram 2019 sem profissionais.

Nas outras carreiras, faltam 3.146 investigadores (30 a mais do que no mês passado), 3.009 escrivães (33 a mais), 943 agen­tes policiais (seis a mais), 874 agentes de telecomunicações (um a mais), 308 papiloscopis­tas (quatro a mais), 464 auxi­liares de papiloscopista (três a mais), 284 médicos legistas (seis a mais), 330 peritos criminais (oito a mais), 46 desenhistas, 137 atendentes de necrotério (um a mais), 20 auxiliares de necrotério (três a mais) e 155 fotógrafos (um a mais).

A Delegacia Seccional de Ribeirão Preto atende tam­bém as cidades de Altinópolis, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Guata­pará, Jardinópolis, Luiz Antô­nio, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Serra Azul, Serrana e Santo Antônio da Alegria.

Déficit de policiais na área do Deinter-3
Delegado………………………………………………………….. 50 Escrivão……………………………………………………………. 198 Investigador………………………………………………………. 343
Agente Policial…………………………………………………… 138
Agente de Telecomunicação……………………………….. 23 Papilocopista…………………………………………………….. 15
Auxiliar e papilocopista………………………………………. 43 Carcereiro…………………………………………………………. 01
Fonte: Sindpesp

ALFREDO RISK

Dr. Filho assume a PF de São Paulo
Um veterano delegado no combate a organizações criminosas, o delega­do Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho, o Dr. Filho, foi escolhido para assumir a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, no lugar do delegado Disney Rosseti, nomeado novo Diretor-Executivo (Direx), segundo posto na hierarquia da Direção-Geral da corporação, em Brasília.

Dr. Filho ocupava o cargo de Delegado Regional Executivo da PF em São Paulo desde fevereiro de 2016, quando substituiu o delegado Luiz Ro­berto Ungaretti de Godoy, deslocado na ocasião para o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), braço do Ministério da Justiça que, entre outras missões, repatria dinheiro ilícito rastreado no exterior.

Dr. Filho é um veterano no combate ao crime organizado. Na PF desde 1987, quando ingressou na corpora­ção como agente, o novo superinten­dente regional em São Paulo atuou inicialmente na Delegacia de Ponta Porã (MS). Ao longo de sua carreira, Lindinalvo Alexandrino Almeida Filho participou diretamente de inúmeras operações no combate ao tráfico de drogas e ao contrabando. Atuou também em missões nos garimpos clandestinos.

Em 1999 ele tomou posse como delegado da PF em Ribeirão Preto, quando passou a conduzir ope­rações e investigações no interior paulista. Em 2009 assumiu a chefia da Delegacia daquela cidade, onde permaneceu até que Disney Rosseti o chamasse para a Delegacia Regio­nal Executiva na Superintendência em São Paulo. Na Delegacia de Polícia Federal (DPF) em Ribeirão Preto, foi substituído por Edson Geraldo de Souza, em 16 de fevereiro de 2016, meses antes da Operação Sevandija, deflagrada em setembro.

Rosseti noticiou a seus pares a escolha pelo Dr. Filho, seu amigo de longa data, para assumir sua cadeira. “Aproveito para anunciar, devidamente autorizado pela Direção-Geral, o Dr. Filho como novo superintendente regional em São Paulo, o que já esta formalizado para fins de publicação.” O novo número 2 da corporação resumiu o que pensa de seu sucessor em São Paulo. “É uma satisfação imensa poder dar este anúncio, pois trata-se de profissional da mais alta competência, experiente, líder, alguém que vive para esta nossa queridíssima casa, e acima de tudo um amigo.”

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