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Mistérios da meia-noite: Veículo da Câmara se envolve em acidente

ALFREDO RISK

Mais um caso envolvendo carro oficial da Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto. Um boletim de ocorrência (BO) informa que o Ford Focus, placas EHE 3620 sofreu um acidente, por volta da zero hora de segunda-feira, 7 de janeiro.

O automóvel é utilizado pelo gabinete do vereador Ariovaldo de Souza, o “Dadinho” (PTB), e, segundo infor­mações do Legislativo, era dirigido por um assessor do parlamentar. O acidente aconteceu no Trevo Waldo Adalberto da Silveira, o “Tre­vão da avenida Presidente Castelo Branco”, na saída da cidade, alça de acesso para várias rodovias como a Anhanguera (SP-330), Abrão Assed (SP-333) e Antônio Macha­do Sant’Anna (SP-255).

Segundo consta no BO, o veículo oficial teria sido fechado por outro carro. O Focus não sofreu grandes estragos na lataria, mas o eixo dianteiro, do lado do motorista, foi totalmente destruído.

Segundo informações da Coordenadoria Jurídica da Casa de Leis, o veículo estava sendo utilizado a trabalho pelo assessor do vereador.

O carro está no estacionamento da Câma­ra e a seguradora ainda não fez a vistoria para definir a extensão dos estragos e se houve perda total.

O uso do carro oficial da Câmara fora do horário normal de expedien­te já rendeu várias polêmicas em Ribeirão Preto. Na semana que vem, no dia 24, a juíza Lucilene Apareci­da Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pública, vai comandar uma audiência de instrução e julgamento da ação popular que pede a cassa­ção por improbidade administrativa do vereador Adauto Honorato, o “Marmita” (PR). Na ação impetrada em 22 de novembro de 2017 pelo advoga­do e ex-candidato a prefeito nas eleições de 2016, Alexandre Ferreira de Sousa (Patriota), o parlamentar é acusado de usar o carro oficial de seu gabinete na Câmara de Vereadores para fins particulares. “Marmita” nega e diz que só usa o veículo no exercício de sua atividade parlamentar.

No ano passado, o vereador afastado Waldyr Villela (PSD) também foi acusado de usar o carro oficial da Câmara no serviço que prestava no ambulatório que mantinha na rua Romano Coró, no Parque Industrial Tanquinho, na Zona Norte da cidade, onde funcionava a Sociedade Espírita André Luiz. Ele também diz que não descumpriu a lei.

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