A juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, agendou para 24 de janeiro, uma quinta-feira, a audiência de instrução e julgamento da ação popular que pede a cassação por improbidade administrativa do vereador Adauto Honorato, o “Marmita” (PR).
Na ação impetrada em 22 de novembro de 2017 pelo advogado e ex-candidato a prefeito nas eleições de 2016, Alexandre Ferreira de Sousa (Patriota), o parlamentar é acusado de usar o carro oficial de seu gabinete na Câmara de Vereadores para fins particulares. O autor baseou a denúncia em reportagem do jornal A Cidade publicada em setembro de 2017.
Na audiência, além de ouvir o autor da ação e o vereador acusado, a juíza também interrogará um representante da Câmara e as testemunhas convocadas pela defesa e pela acusação. A sentença será proferida na mesma data. A ação pede também a devolução dos recursos financeiros gastos com a utilização do carro oficial e a proibição de que seja utilizado novamente para fins pessoais.
O vereador do PR emitiu nota sobre o caso. Diz que utilizou o veículo estritamente para cumprimentos de seus deveres e que, inclusive, “está sendo demonstrando no processo, relatório, requerimentos e ações realizadas durante o exercício do mandato. Além do mais, o autor da ação popular não juntou nenhuma prova de que o vereador Adauto ‘Marmita’ tenha utilizado o veículo oficial para fins diversos ao que se destina”, diz o comunicado.
“O autor da ação popular juntou aos autos apenas uma reportagem jornalística do jornal A Cidade com relatórios veiculares de diversos vereadores. Importante ressaltar que o vereador é muito atuante nos bairros do Parque Ribeirão, Adão do Carmo, Jardim Marchesi dentre outros, e como reside no Parque Ribeirão, muitas vezes exerce seu poder de fiscalização a pé e o veículo oficial também é utilizado pelos assessores para averiguar irregularidades realizadas pelo Executivo Municipal, exemplo disso são o tapa-buracos e bocas de lobo que o Executivo não realiza em bairros periféricos, por isso são feitos pedidos junto ao Executivo”, finaliza.