Tribuna Ribeirão
Política

Onyx diz que Bolsonaro se ‘equivocou’

AGÊNCIA BRASIL

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, dis­se nesta sexta-feira, 4, que o presidente Jair Bolsonaro se “equivocou” ao falar em entre­vistas de aumento do Imposto de Operações Financeiras (IOF) e da redução da alíquo­ta do Imposto de Renda de 27,5% para 25%. “Estava toda uma celeuma no País que era ter aumento de impostos. Não dá para o cidadão que votou no Bolsonaro não ter aumen­to de impostos e ter aumento de impostos”, afirmou.

No começo da tarde, o se­cretário especial da Receita Fe­deral, Marcos Cintra, esteve no Planalto para discutir as medi­das com o presidente. Na saída do palácio, ele negou informa­ção publicada pela imprensa e confirmada num evento pela manhã pelo próprio Bolsonaro de que o governo aumentaria o IOF para garantir compensa­ções a prorrogação de benefí­cios concedidos pela Sudene e pela Sudam.

“Houve vazamento inde­vido. Alguém que vazou algo que não deveria ter vazado”, disse Onyx Lorenzoni. O mi­nistro não respondeu, na se­quência, se o “vazamento” era um “balão de ensaio” – uma tática para avaliar a repercus­são e os efeitos de uma medi­da antes de sua real adoção.

Onyx disse que havia, sim, um estudo para aumentar o IOF como forma de garantir a prorrogação dos benefícios da Sudene e da Sudam. Mas a equipe do ministro da Econo­mia, Paulo Guedes, teria con­seguido uma outra solução. “Uma das alternativas seria o aumento do IOF”, disse. “A equipe econômica encontrou uma solução que deu tranqui­lidade ao presidente”, ressaltou.

No começo da entrevista, o ministro da Casa Civil resistiu a dar explicações sobre qual foi a solução encontrada para garantir a prorrogação dos be­nefícios da Sudene e da Sudam. Ele também considerou como “armadilha”, “bomba” e “mal­dadezinha” do ex-presidente Michel Temer não ter assinado antes o decreto de prorrogação e deixado o tema para o atual governo. Depois, Onyx, no en­tanto, disse que, como o prazo de fruição dos benefícios era de 12 a 14 meses, eles “não ocorre­riam” neste ano. “Então, para o ano de 2019, a previsão que tem de R$ 740 milhões é suficiente para atender aqueles projetos que foram aprovados ao longo do ano de 2017 e 2018”, disse.

O ministro relatou que, pela manhã, quando questionado se haveria de fato aumento do IOF, Bolsonaro teria feito re­ferência à sanção e também ao decreto que dava a garan­tia para a prorrogação sem aumento de impostos. “Não haverá nenhum aumento de IOF”, afirmou. “O aumento de impostos confrontava com compromisso que governo as­sumiu”, disse.

Sobre a possível redução do Imposto de Renda, Onyx disse que o governo não pen­sa na medida, no momento, em razão da Lei de Respon­sabilidade Fiscal. “Não po­demos neste momento fazer nenhuma ação que possa re­sultar em redução de arreca­dação”, afirmou. “A redução do Imposto de Renda é fru­to de estudo, mas depende de equilíbrio fiscal. Temos a premissa antes de fazer essas coisas que é ter equilíbrio fiscal”, completou.”

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