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Câmara quer garantir IPTU Verde

JF PIMENTA, ESPECIAL PARA O TRIBUNA

A Câmara de Vereado­res Ribeirão Preto realiza no dia 10 de janeiro Sessão Le­gislativa Extraordinária para tentar aprovar um decreto da Mesa Diretora e assim, anu­lar o Decreto do Executivo que suspendeu a aplicação do chamado IPTU Verde, este ano. O documento do Gover­no foi publicado no Diário Oficial do Município de sex­ta-feira, dia 28 de dezembro.

A sessão foi convocada pelo presidente, o vereador Lincoln Fernandes (PDT) e será realizada às 16 horas. Vale lembrar que a convoca­ção da sessão legislativa ex­traordinária será feita com fundamentação ao artigo 27 inciso da Lei Orgânica do Município de Ribeirão Pre­to. Ele estabelece que du­rante o recesso parlamentar a convocação pode ser feita pela maioria absoluta dos vereadores, no caso de Ri­beirão Preto, 14 parlamen­tares. A convocação será pu­blicada no Diário Oficial do Município de segunda-feira, dia 7 de janeiro.

O Decreto do Executivo, que os vereadores tentarão anular, estabelece que o des­conto sobre o IPTU não po­derá ser dado em função da “severa crise econômica” que a cidade atravessa. Cerca de cinco mil contribuintes já protocolaram na Prefeitu­ra o pedido de isenção, que pode chegar até 12% do va­lor do imposto, dependendo da medida ambiental efetiva­da pelo contribuinte. Na edi­ção do Diário Oficial desta quinta-feira foi publicada a relação com os cinco mil pe­didos indeferidos.

A Prefeitura afirma que antes de ser viabilizado será realizado um estudo de im­pacto financeiro-orçamentá­rio durante o exercício fiscal de 2019 para avaliar a conces­são do benefício. Isso signifi­ca que enquanto esse estudo de impacto financeiro não for concluído, todos os pedidos administrativos referentes à isenção tributária entre os anos de 2019 e 2021 deverão ser indeferidos.

A novela
Quando da aprovação da lei pela Câmara, a Prefeitura publicou Decreto cancelando sua aplicabilidade e ingres­sou no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP) com uma Ação Direta de In­constitucionalidade (Adin). Entretanto, o Tribunal con­siderou a lei parcialmente constitucional e a Prefeitura recorreu desta vez, ao Supe­rior Tribunal Federal (STF). Em outubro do ano passado, o Supremo considerou que o questionamento não deveria ser feito com base na Cons­tituição Federal, mas na Es­tadual. Com isso o Supremo manteve a decisão do TJ fa­vorável a aplicação da lei.

Autor do chamado “IPTU Verde”, o vereador Jean Co­rauci (PDT), afirma que já re­correu ao Ministério Público para que ele também garanta o cumprimento da legisla­ção. O assunto será analisa­do pelo promotor o Urba­nismo Wanderlei Trindade. “Esta lei beneficia milhares de pessoas e foi reconhecida pela Justiça como legal. Por­tanto, tem que ser cumprida”, afirma o parlamentar.

Descontos que a Lei prevê
O IPTU Verde estabelece uma série de medidas a serem implementadas pelo contribuinte para ter direito ao desconto. Cada uma prevê um per­centual de desconto e terá que ser comprovada pela Prefeitura.
Sistema de captação de água da chuva
Sistema de reuso de água
Sistema de aquecimento hidráulico solar
Sistema de aquecimento elétrico solar
Construções com material sustentável
Utilização de energia passiva
Sistema de utilização de energia eólica
Separação de resíduos sólidos
Plantio de árvores Uso e ocupação do solo sustentável

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