Mais uma bomba explodiu nas mãos do Facebooknesta semana. A companhia de Mark Zuckerberg foi acusada de conceder aos seus parceiros o acesso às mensagens privadas de seus usuários, sem permissão e, muito menos, conhecimento disso.
Por isso, o vice-presidente de parcerias e produtos do Facebook, Ime Archibong, emitiu um comunicado oficial explicando e se justificando pela companhia. “Fomos acusados de fornecer mensagens privadas das pessoas a parceiros sem o conhecimento delas. Isso não é verdade e gostaríamos de fornecer mais informações sobre nossas parcerias de mensagens”, disse o executivo.
No texto, Archibong começa contando que a rede social trabalha ao lado de quatro parceiros para a integração do recurso de mensagens em seus produtos, e isso permitia que os usuário pudesse enviar mensagens para os amigos do Facebook, mas apenas se optassem pelo uso da ferramenta “Login do Facebook”. O executivo explica ainda que essas atividades são comuns na indústria, citando o exemplo da assistente pessoal Alexa, que faz a leitura de emails de seus usuários em voz alta.
“As pessoas podiam enviar mensagens aos seus amigos sobre o que estavam ouvindo no Spotify ou assistindo na Netflix, compartilhar pastas no Dropbox ou receber recibos de transferência de dinheiro por meio do aplicativo do Royal Bank of Canada”, explica.
Archibong diz ainda que estas experiências já haviam sido discutidas publicamente, sempre deixando claro para os usuários que só estariam disponíveis quando fossem feitos logins nestes serviços com o Facebook, e que já não estão mais disponíveis há quase três anos.
Em relação ao motivo pelo qual os parceiros de mensagem podiam ler, escrever ou excluir mensagens, o executivo explica que este era exatamente o objetivo do recurso. “Para os parceiros mencionados acima, trabalhamos juntos para criar integrações de mensagens em seus aplicativos que permitissem que as pessoas pudessem enviar mensagens aos seus amigos no Facebook”, diz.
A nota diz ainda que para que fosse possível escrever uma mensagem para um amigo do Facebook no Spotify, por exemplo, seria necessário conceder à plataforma de streaming o “acesso para escrever”, e para a leitura das respostas seria preciso “acesso de leitura”. Já o comando “excluir acesso” significava que a exclusão de uma mensagem no Spotify automaticamente a excluiria do Facebook.
“Nenhum terceiro estava lendo suas mensagens privadas ou escrevendo mensagens para seus amigos sem sua permissão. Muitas notícias sugerem que estávamos entregando mensagens privadas para parceiros, o que não é correto”, esclarece o executivo.
A declaração é finalizada com a informação de que as parcerias foram acordadas após extensas negociações e documentações.
Fonte: Facebook Newsroom