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Ciência e Tecnologia

Saiba o que fazer para proteger suas informações pessoais no Facebook

REUTERS/Regis Duvignau

Escândalos envolvendo a privacidade dos dados de usuários do Facebook já se tornaram rotina, e a impressão que fica é que toda semana ocorre uma novo vazamento de dados ou uma nova revelação sobre como a empresa não tem respeitado a privacidade dos dados de seus usuários. E a dúvida que fica é: como proteger as minhas informações e continuar usando a rede?

Especialistas afirmam que não há muito o que fazer com as informações que já estão na rede social, mas existem meios de limitar o acesso da companhia às novas postagens.

Reveja as configurações de privacidade

A principal defesa do Facebook em todos os escândalos de vazamentos de dados é que, em todos os casos, os usuários permitiam que a empresa acessasse esses dados e os compartilhasse com outras companhias.

Apesar de, em muitos casos, o Facebook ter uma noção meio estranha de “permissão” (tipo quando ele autoriza esse acesso automaticamente ao criar uma conta no site, e não alerta os usuários sobre isso), ou mesmo ignora essa permissão completamente (como quando ele confirmou esta semana que permitia que a Netflix e o Spotifyacessassem as mensagens privadas dos usuários, algo que em todos os contratos de privacidade a empresa alega que as informações dessas conversas são completamente confidenciais), é sempre bom se garantir e revisar as políticas de privacidade de seu perfil.

Para revisar essas informações, é preciso entrar no menu de Configurações do seu perfil, e então acessar as abas Privacidade (que permite configurar quais informações de sua timeline podem ser acessadas por qualquer um) e Integrações comerciais (que permitem limitar o acesso de aplicativos de terceiros que utilizam dados de sua conta do Facebook).

Minimize sua presença na plataforma

 

Tim Bajarin, presidente de consultoria da empresa de pesquisas Creative Strategies, alerta que, em face dos últimos escândalos envolvendo o Facebook, o melhor jeito de acessar a plataforma é tratar todo o conteúdo postado nela como público, independente das configurações de privacidade escolhidas.

Assim, se você se sente incomodado que pessoas além de seus amigos e parentes vejam as fotos que tirou durante as férias com a família ou suas opiniões sobre algum assunto polêmico, a melhor coisa a fazer é não compartilhar essas coisas na rede social caso não queira correr o risco de que outras empresas tenham acesso a esses dados.

Além disso, é importante também evitar clicar em qualquer tipo de anúncio ou postagem enquanto navega pelo site, já que o Facebook pode utilizar essas informações para criar um perfil de consumidor sobre a sua pessoa e vendê-lo para empresas de marketing.

Descubra o que o Facebook sabe sobre você

Ainda que o Facebook colete uma enorme gama de informações sobre seus usuários, a empresa pelo menos permite que seus usuários tenham acesso a todos os dados pessoais que foram coletados por ela.

Assim, caso você queira revisar o que o Facebook sabe sobre você, dentro do menu de Configurações você pode acessar a aba “Suas informações no Facebook”. Ali dentro, é possível visualizar todos os dados que a empresa possui sobre sua pessoa (posts em que você deu like, anúncios que clicou, pessoas com as quais iniciou e terminou amizades, e mais uma infinidade de dados). Além disso, também é possível fazer o download de todas essas informações para o seu computador, permitindo estudá-las mais a fundo.

Avalie a importância do Facebook para sua vida

 

Como é possível perceber diante de todos os escândalos deste ano, nem mesmo ter o maior cuidado com todas as políticas de privacidade da rede social garante que seus dados não serão compartilhados com outras empresas, então a pergunta que vale é: o quanto o Facebook é importante para a sua vida?

Bajarin cita que, ao colocar na balança a facilidade com que o Facebook permite com que ele se comunique com sua família, ainda compensa continuar usando a rede social, apesar de ele ter mais cuidado com os tipos de conteúdo que posta na plataforma.

E vale lembrar que quando falamos de Facebook não é apenas da rede social e do aplicativo de mensagens dela, o Messenger. WhatsApp e Instagram também pertencem à empresa de Mark Zuckerberg, e estão sujeitos às mesmas violações de segurança que têm afetado a rede social neste ano.

Mas, independente se resolver continuar usando a rede social ou não, é sempre bom lembrar o modo com que o Facebook ganha dinheiro: vendendo as informações de seus usuários para que empresas de marketing possam criar propagandas segmentadas. E isso quer dizer apenas uma coisa: o que é bom para a rede social como empresa não necessariamente será bom para seus usuários, e precisamos aprender a lidar com isso.

Fonte: Phys.org

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