O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto e a Força Tática da Polícia Militar cumpriram, na manhã desta quarta-feira, 19 de dezembro, mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Mato Grosso contra o médico Fernando Veríssimo de Carvalho, de 28 anos, acusado de matar a esposa, Beatriz Nuala Soares Milano, de 27, grávida de cinco meses de uma menina, em 23 de novembro, em Rondonópolis (MT).
Carvalho trabalhava como clínico-geral e fugiu para Ribeirão Preto. Ele foi preso na casa dos pais, na Cidade Universitária, Zona Oeste da cidade. Segundo o tenente PM Menegário, “ele estava escondido na casa dos familiares e não resistiu. A informação que recebemos e está sendo investigada é que ele a atingiu com um golpe na cabeça, provocando um trauma encefálico que evoluiu para o óbito”, disse.
Em Rondonópolis, quando acionou a polícia, Carvalho relatou que dormiu na sala do imóvel onde morava com Beatriz. Quando acordou, foi até o quarto do casal e a mulher estava morta, sobre a cama. Nesta quarta-feira, dentro da viatura no estacionamento da Central de Flagrantes, o médico respondeu questionamentos da imprensa. “Não sei do que estou sendo acusado, sobre o que aconteceu. Sou inocente, ainda estou em choque pela perda da minha esposa e minha filha”, afirmou.
Comentou também que não sabia sobre a causa da morte da esposa. Carvalho falou que o casal mantinha relacionamento de dez meses juntos e que pediu Beatriz em casamento dias antes. Deixou Rondonópolis porque ficou abalado com a morte da mulher e decidiu vir para Ribeirão Preto para ficar na residência dos pais. Enfatizou que não fugiu da polícia mato-grossense.
Duas espingardas de caça foram apreendidas no local onde o indiciado foi preso. O mesmo aconteceu com o celular e notebook dele. Foi apresentado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) e depois levado para o 4° Distrito, na mesma região em que foi preso. De lá, seguiu para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Fernando Veríssimo de Carvalho será levado hoje para Rondonópolis, a mil quilômetros de distância, onde a Justiça decretou sua prisão preventiva.