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Período de serenidade ampliada

Estamos às vésperas do Natal. Em menos de uma semana será o momento de comemorar o nascimento do salvador da huma­nidade. É este um período de grande apelo comercial, de troca de presentes, de consumo mais elevado em função da importân­cia da data em que se comemora o aniversário de quem foi um divisor de tempos, do antes e do depois. É de um significado tão majestoso que muitas vezes ultrapassa o nosso nível de percepção.

Mas toda a movimentação provocada pela data não reduz em nada a magia da data, que tem o poder de acalmar corações, munir de serenidade as pessoas e ampliar o oti­mismo que habita em cada um de nós, mas que muitas vezes são afastados pelas preocupações diárias e pelas tarefas que se apresentam a cada dia – sempre com prazos de execução curtos – a exigir dedicação constante e atenção sempre.

Não que as pessoas percam o estado de alerta no período natalino. A própria época se encarrega de diminuir a intensidade dos obstáculos. E é primordial que assim seja. Um breve hiato para as orações, para o olhar mais demorado às coisas e situações que passam ao largo no decorrer do ano, justamente em função das necessidades diárias, da movimentação das engrenagens que consomem grande parte do tempo de todos nós.

É um bom período para refletir e colocar em dia situa­ções que acabaram colocadas em tempo de espera diante do cotidiano exigente. Se não para resolvê-las de forma imediata, ao menos para dedicar a atenção que leve à solução. No meio dessa reflexão, onde a alma parece estar mais leve, é possível ampliar a dedicação aos amigos e familiares e a convivência fraterna sempre desejada, mas bloqueada às vezes por tantos outros afazeres que acumulamos.

Por isso esse é também um tempo fértil para o andar mais calmo, a pausa mais duradoura. Para as situações mais praze­rosas, onde o sorriso é mais fácil e com muito mais sentido. É quando o descanso encontra de vez a descontração e tem seu melhor aproveitamento. Porque há um clima de compreen­são, paz, amor e muita fraternidade.

É, ainda, quando se tem momentos de muito mais ora­ções, porque a fé está expandida. A crença atinge um núme­ro significativamente maior de pessoas e chega a locais em outros tempos não imagináveis. É mesmo a magia que toma conta das pessoas que permite esse contágio fantástico numa mistura das mais variadas emoções.

Se há tantos motivos de bem aventurança, é preciso agradecer. Agradecer o ano vivido e as oportunidades a nós oferecidas neste ciclo que está prestes a se encerrar para início de outro. E se pensarmos com calma perceberemos que há muito a agradecer, mesmo que muitas foram as vezes que tivemos vontade de reclamar. É sempre possível encontrar ao menos equilíbrio entre fatos positivos e os nem tanto.

Sempre encontrei bons e muitos motivos para celebrar conquistas que chegam sempre quando a gente se esforça para superar os desafios e encontrar os melhores caminhos. No meu caso, procuro alternativas para soluções coletivas, que possam ter significado importante para um grande número de pessoas. E as tenho encontrado, felizmente, de forma generosa.

Por isso estou sempre pronto ao reconhecimento. Porque tenho consciência do privilégio que é trabalhar com pessoas e essencialmente para pessoas. E das chances que tenho de mudar realidades, realizar sonhos, alterar condições para me­lhor. Assim busco, com foco, aproveitar cada possibilidade. Notadamente as que criam bons e aplicáveis exemplos.

Dito tudo isso, quero agradecer a cada munícipe desta maravilhosa Ribeirão Preto. E desejar um excelente e santo Natal. Cheio de luz e fé.

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