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Livrarias e editoras… o que vai acontecer?

Há alguns anos, ainda quando a Livraria “Para Ler” era sediada no RibeirãoShopping, uma emissora de TV estava efetuando uma matéria naquele local quando adentrei à loja e fui entrevistado. A primeira pergunta feita pelo repórter foi o que eu sentia ao adentrar uma livraria? A minha resposta foi imediata: “Adoro o cheiro dos livros e de livrarias!”

Quando eu tinha cerca de duas décadas de existência tive a oportunidade de ler a “Odisseia” completa em um dia e uma noite. Continuo viciado em leitura que vai desde artigos de fundo em JORNAL IMPRESSO até livros clássicos e moder­nos, inclusive repetindo a leitura de alguns…

Infelizmente, seja por ausência de um público brasiliano leitor, explosão de mega-livrarias em shoppings ou mesmo ausência de uma administração que acompanhe os graves problemas sócio-econômicos e educacionais que estão asso­lando há muito tempo nossa “Terra Brasilis”, estamos obser­vando sérios problemas na indústria da impressão que vão desde ausência de escritos de boa qualidade por ela recebida, passando por preços elevados de matéria prima, terminando pela ausência total de leitores interessados.

Uma boa leitura além de ser gratificante ao leitor, permite uma melhoria de qualidade de vida, não apenas do leitor, porém daqueles que vivem ao seu redor, na medida em que eleva a instrução, permeia pelos arredores da sua existência e permite que se abra o grande universo da sabedoria onde deve estar o nosso planetinha!

É impossível acreditar política, econômica e socialmente em um povo iletrado! Se continuarmos a ter a derrocada das livrarias e editoras como está acontecendo atualmente, quan­do pedem “recuperação judicial”, teremos livros escolares com a repetição de lições e exercícios do início do século e até a queda da existência dos famosos “sebos”, onde encontramos obras interessantes com o mesmo cheiro de livros que comen­tei no início desta crônica…

É hora de reiniciarmos o processo educacional brasilia­no; estamos em um mundo de transformações diárias e os livros fazem parte mais lenta, porém mais realista de tais transformações…

Vamos começar a repensar nossa querida “Terra Bra­silis” antes que sejamos alijados do conhecimento e da cultura mundiais!

Você estimado(a) leitor(a) é, com certeza mais um soldado a defender nossa pátria da ignorância e do descaso cultural que nos está assolando.

Hoje a palavra é totalmente sua!

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