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Vereadores de CPI dão ‘blitz’ em escola

Vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as condições es­truturais das escolas municipais, e em quais circunstâncias teria ocorrido a morte do estudan­te Lucas da Costa Souza, de 13 anos, em 30 de novembro, visi­taram, nesta quinta-feira, 13 de dezembro, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Professor Eduardo Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, onde ocorreu o óbito.

Participaram da visita Isa­ac Antunes (PR, presidente da CPI), Mauricio Vila Abranches (PTB), João Batista (PP) e Gláu­cia Berenice (PSDB) – será a re­latora da comissão. Os vereado­res fotografaram o local em que o garoto morreu e solicitaram à direção da escola as imagens das câmeras de segurança que serão anexadas ao processo. O eletri­cista que vistoriou o local, por solicitação da escola, logo após a morte do estudante para veri­ficar se havia fios de eletricidade desencapados, também será ou­vido pelos parlamentares.

Ontem, a comitiva consta­tou que fios onde o garoto foi encontrado estavam revestidos com fita isolante. A suspeita é que o adolescente tenha sofrido uma descarga elétrica. O Minis­tério Público Estadual (MPE) também acompanha o caso. Um boletim de ocorrência foi regis­trado na Polícia Civil, que aguar­da laudo da perícia técnica. Sou­za morreu quando o celebrava o último dia de aula. A suspeita é que ele tenha levado o choque ao subir em uma grade para ten­tar pegar uma bola. A CPI terá 90 dias para entregar o relatório final, mas o prazo é prorrogável.

Em nota enviada ao Tribu­na, a Secretaria Municipal de Educação informa que faz a ma­nutenção regular em todas as es­colas. “A pasta esclarece que está colaborando com a investigação e que aguarda a conclusão do laudo do IML (Instituto Médico Legal). No dia do ocorrido, a se­cretaria esclarece que acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), imediata­mente após o aluno da Cemei Eduardo Romualdo de Souza sofrer uma queda ao subir em um portão de dois metros de altura. Ao chegar na escola, cin­co minutos após o chamado, a equipe do Samu encontrou a vítima em parada cardíaca. Foi realizado, por quase uma hora, o procedimento de ressuscita­ção, porém não houve reversão”, completa o texto.

O promotor da Infância e Juventude, Naul Felca, instau­rou inquérito civil para apurar as circunstâncias do óbito. Na esfera criminal, um boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Civil investiga o caso. A Promotoria da Educação tam­bém organizou uma força-ta­refa para vistoriar todas as 109 escolas municipais e verificar as condições estruturais das uni­dades, como parte elétrica, hi­dráulica, instalação dos botijões de gás e se elas possuem o Auto de Vistoria do Corpo de Bom­beiros (AVCB). As blitze serão realizadas por profissionais li­gados ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Ri­beirão Preto (Crea), que preen­cherão um questionário sobre a situação de cada prédio da rede municipal de ensino. A previsão é que o trabalho de campo e a tabulação do questionário este­jam concluídos até o final de fe­vereiro, depois do início do ano letivo.

O que deve ser investigado
Entre os tópicos que a CPI pretende investigar estão a ma­nutenção preventiva na escola – por exemplo, em relação a fiação de energia elétrica – e se a pre­feitura estaria repassando recur­sos mensais para a realização de pequenos reparos nas 109 uni­dades escolares municipais. A diminuição destes repasses, feito para a Associação de Pais e Mes­tres (APM), começou em 2014 na gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem-partido) e atingiu seu ápice em 2015. A rede munici­pal de Educação é formada por 34 Centros de Educação Infantil (CEIs), 41 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), 26 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), três Cen­tros Educacionais Municipais de Educação Integral (Cemeis), duas Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Ensino Médio (Emefems), um Centro de Educação Especial e Ensino Fundamental (CEEEF), uma Escola Municipal de Ensino Profissional Básico (EMEPB), Educação de Jovens e Adultos (EJA, salas espalhadas por várias unidades), além das 20 escolas conveniadas. São mais de 45 mil estudantes.

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