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Governança metropolitana: de Covas a Alckmin e França!

Ao longo dos últimos anos, tive a felicidade de presenciar e protagonizar um verdadeiro círculo virtuoso na construção da governança metropolitana paulista, como parte de um processo de expansão, reformulação e institucionalização das Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas, Vale do Paraíba e Litoral Norte, Sorocaba, Baixada Santista e Ribeirão Preto, além das três Aglomerações Urbanas de Jundiaí, Piracicaba e Franca.

Em uma rápida retrospectiva, gostaria de partir da cria­ção oficial, em 1996, da primeira Região Metropolitana do Estado de São Paulo, a da Baixada Santista,pelo então gover­nador Mario Covas que, quatro anos depois, institucionalizou também a RM de Campinas, processo do qual tive o privilé­gio de ser um dosrelatores na Assembléia Legislativa de São Paulo,como integrante da Comissão de Constituição e Justiça. Estava aberto, por essa ocasião, o que chamo de primeiro ciclo da regionalização do estado de São Paulo.

Um segundo e profícuo ciclo na construção deste mode­lo, que hoje engloba 218 municípios paulistas, num sistema de unidades regionais que representa mais de 70% do PIB do estado e praticamente 27% do PIB nacional, teve início em 2011, sob o comando do honrado governador Geraldo Alckmin. Na ocasião, foi reorganizada a complexa Região Metropolitana de São Paulo,e outras três foram criadas, num claro processo de expansão que, sem falsa modéstia,serve de exemplo para o Brasil e até para a América do Sul.

Chegando aos dias de hoje, o terceiro ciclo de todo este processo está em curso, com as soluções de continuidade e avanços que o atual governador Márcio França – ele mesmo primeiro presidente do Conselho Metropolitano da Baixada, quando prefeito de São Vicente – tem feito questão de impri­mir em sua gestão, principalmente em relação ao fortaleci­mento e ao compromisso de conferir autonomia financeira às unidades regionais.Um passo definitivo, sem volta.

Como testemunha e ator entusiasmado desta história, não poderia me furtar a dar minha contribuição ao debate me­tropolitano que certamente se abrirá na nova gestão, a partir de janeiro próximo. E faço isto relatando os imensos avan­ços obtidos, em termos de cooperação estado/municípios,e naimplementação, mais rápida e equilibrada, de políticas urbanas para toda a população.Além, é claro, de registrar a importância da Empresa Paulista de Planejamento, Empla­sa, que lançou as bases do Estatuto da Metrópole, de caráter nacional, devolvendo ao estado de São Paulo o protagonismo na elaboração dos Planos Regionais Integrados (PDUIs).

Se alguém tiver a curiosidade de conferir as exitosas experiências das Agendas Metropolitanas; dos Gabinetes de Segurança Pública Metropolitana (vídeo-monitoramen­to integrado); das AMES e hospitais regionais;dos projetos regionais de mobilidade urbana (VLT), resíduos sólidos e infraestrutura (que unificaram tarifas e reduziram distâncias), além da expansão do Programa Recomeço (contra as drogas), dentre outros benefícios concretos da integração regional, basta pesquisar em nosso website, www.assuntosmetropolita­nos. sp.gov.br, onde tudo está devidamente registrado.

Daqui para frente, São Paulo terá o dever de honrar o trabalho de tantos técnicos e políticos que se engajaram nessa causa estratégica, reafirmando o aperfeiçoamento desta política de estado independentemente de governos. Covas, Alckmin e França escreveram uma história singular no rumo do desenvolvimento regional. Sem dúvida, esse é o caminho: integrar para mudar!

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