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RP em alerta contra o Aedes aegypti

Pelo menos 504 municípios brasileiros registram alto índice de infestação pelo Aedes aegyp­ti e apresentam risco de surto para doenças transmitidas pelo vetor – incluindo dengue, zika e chikungunya. Dados divulgados nesta quarta-feira, 12 de dezem­bro, pelo Ministério da Saúde revelam que, das 5.358 cidades que realizam algum tipo de mo­nitoramento do mosquito, 1.881 estão em situação de alerta, en­quanto 2.628 apresentam índi­ces considerados satisfatórios. Ribeirão Preto aparece na lista de 250 cidades paulistas que es­tão em situação de alerta ou ris­co de surto.

Segundo o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), o índice de infestação predial (IIP), que mede a quantidade de criadouros do Aedes aegypti – mosquito transmissor das do­enças e também da febre amare­la na área urbana – em Ribeirão Preto é de 2,7%. Significa que a cada 100 imóveis, quase três têm focos do vetor. No levantamento de junho a situação era bem pior e o município estava no grupo de risco, com IIP de 5,3%.

Fechou 2017 em alerta. Na época, o índice estava em 1,3% – inferior ao de 2016, de 1,6%.

Segundo o Ministério da Saúde, das 250 cidades paulistas em estado de atenção, 208 estão em alerta e 42 em risco de surto das doenças. Outras 388 estão em situação satisfatória e outros cinco municípios utilizaram armadilha, metodologia usada quando a infestação do mosqui­to é muito baixa ou inexistente. A capital do estado, São Paulo, está em situação satisfatória.

A maior parte dos criadou­ros foi encontrada em depósitos domiciliares (4.456), seguida de depósitos de lixo (1.899) e água (629). Segundo o ministério, até 3,9% de infestação significa es­tado de alerta. Acima desse per­centual passa a vigorar o estado de risco, muito mais grave e que indica uma provável epidemia. Até 1% o quadro é satisfatório.

Na Região Metropolitana, outras seis cidades estão em aler­ta contra o Aedes aegypti: Cravi­nhos (3,3%), Jaboticabal (1,2%), Jardinópolis (3,4%), Santa Cruz da Esperança (1,3%), Santa Rita do Passa Quatro (1,3%) e Santo Antônio da Alegria (1%). Três correm risco de surto, e a situ­ação mais preocupante é a de Sales Oliveira, com IIP de 9,4%. Também estão nesta condição Bebedouro (4,7%) e Cássia dos Coqueiros (4,5%).

Segundo o último Boletim Epidemiológico, divulgado em 19 de novembro pela Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), entre janeiro e outubro Ribeirão Preto acumula alta de 25,4% nos casos de den­gue – são 227 ocorrências contra 181 de dez meses de 2017, com aporte de 46 vítimas do mosqui­to. A quantidade de casos em 2018 representa 92,3% do total do ano passado, de 246.

A Secretaria Municipal da Saúde pede à população para não relaxar, evite água parada e elimine os criadouros do vetor, principalmente agora, quan­do começa a época das chuvas. Neste ano foram 45 casos em janeiro, 37 em fevereiro, 28 em março, 42 em abril, 35 em maio, 17 em junho, onze em julho, cin­co em agosto, um em setembro e seis em outubro.

Das 227 pessoas picadas pelo Aedes aegypti, 74 moram na Zona Leste, mais 60 na Oes­te, 46 na Norte, 33 na Sul e 14 na Central. No ano passado inteiro, o vetor fez 246 vítimas, 99,3% a menos que as 35.043 do ano an­terior, 34.797 a menos – a quan­tidade de 2017 é a menor em dez anos. A cidade também tem 1.166 notificações sob investi­gação. Já para a chikungunya não houve nenhum caso confirmado em outubro. No mesmo período do ano pas­sado, uma ocorrência da do­ença foi confirmada na cidade.

Ribeirão Preto tem seis pes­soas com a febre transmitida pelo Aedes aeghypti – uma em março, uma em abril, uma em maio, outra em junho, uma em agosto e uma em setembro. No entanto, fechou 2017 com au­mento de 344,4%. Os dados mostram que o total saltou de nove para 40, com 31 pacientes a mais no ano passado. Foram no­tificados e investigados 46 casos de zika vírus neste ano, nenhum confirmado. Não há casos de microcefalia ou febre amarela.

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