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Imposto de Renda – Em RP, R$ 30 milhões deixam de chegar às entidades assistenciais

Ano a ano a grande maio­ria dos brasileiros paga Im­posto de Renda. O que muitos não sabem ou deixam de fazer é destinar parte desse imposto devido às entidades assisten­ciais. Em Ribeirão Preto, ape­sar de nos últimos dez anos essa ação ter sido triplicada, ela representa apenas 9% do total de pessoas e empresas aptas a doarem. Em montante, em 2017, a captação foi de R$ 3,2 milhões, aproximadamente. O potencial do município, que foi em torno de R$ 33 milhões, o que na prática significa que cerca de R$ 30 milhões que poderiam ser usados pelas en­tidades, vão para o Fisco.

Quem deve Imposto de Renda e quiser doar, ainda pode. O prazo final para a destinação aos Fundos da Criança e do Adolescente é até 28 de dezembro. Em Ri­beirão Preto a Casa do Con­tabilista realiza uma campa­nha para a mobilização da sociedade nesse sentido.

“A Casa do Contabilista tem realizado um trabalho intenso na conscientização sobre a importância da desti­nação do Imposto de Renda aos Fundos da Criança e Ado­lescente e do Idoso. Embora percebemos um crescimento do número de destinação, nos últimos anos, ainda há muito a ser feito. Contamos com uma parcela muito pequena da população que conhece o passo a passo desse processo e também os benefícios ge­rados pela iniciativa. Acre­ditamos que, por meio desse movimento, mobilizaremos pessoas físicas e jurídicas de todos os setores da sociedade que, juntos, farão a diferença nas ações sociais em nossa ci­dade”, diz Alexandre Benassi, presidente do Sicorp – Sindi­cato dos Contabilistas de Ri­beirão Preto.

“A destinação proporcio­na transformações na vida de crianças e adolescentes. Tra­ta-se de dar oportunidades e muitas vezes tirar das ruas jovens que vivem em situação de extrema pobreza. Garantir uma chance para que se desen­volvam por meio do apoio de iniciativas e ações educativas, de cultura e esporte, custeadas através das destinações feitas por cada um nós. Por isso, a Casa do Contabilista incentiva e fomenta a ideia de criarmos o hábito de realizar esse ato de amor ao próximo”, acrescenta Rosemeire Marques, presiden­te da Aescon – Associação das Empresas Contábeis de Ribei­rão Preto.

“Além de promover me­lhorias no âmbito social do município, o valor destinado às Organizações da Sociedade Civil será devolvido na Decla­ração de Ajuste, de março a abril de 2019, de forma que a destinação poderá diminuir o imposto a pagar ou aumentar a restituição. Quem opta pela destinação não tem nenhum valor subtraído do seu impos­to de renda, mas torna mais fortes instituições que atuam nas questões sociais do muni­cípio”, finaliza José Eduardo da Silveira, presidente da Sescon – Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis – Regional Ribeirão Preto.

Como destinar
Em Ribeirão Preto, para as destinações feitas duran­te o ano calendário, utili­zar o site: http://www.cm­dca.ribeiraopreto.sp.gov. br > Invista na criança > Emissão da Guia > Preencher a Guia, es­colhendo na última li­nha uma das entidades habilitadas a receberem estes recursos.
Nos municípios que não possuem o site, para as destinações feitas durante o ano calendário, o contribuinte deve ir até o Conselho Muni­cipal da Defesa da Criança e Adolescente – CMDCA, pegar o número da conta bancária, fazer o depósito e depois tro­car o recibo de depósito pelo recibo emitido pelo CMD­CA, lançar na declaração e guardar por 5 anos.

97 entidades são habilitadas a receber doações em RP
Em Ribeirão Preto 97 entidades estão habilitadas junto ao Conselho Municipal de Direitos às Crianças e Adolescentes – CMDCA a rece­ber os recursos do Imposto de Renda.

O Carib – Centro de Acolhimento de Ribeirão Preto, entidade fun­dada em 1986 e que, entre seus serviços prestados, acolhe tempo­rariamente crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por medida de proteção, pelo fato da família se encontrar tempo­rariamente impossibilitada de cumprir suas funções de cuidado e proteção, é uma das entidades cadastradas.

O diretor da entidade Alberto Novaes (foto), diz que o Carib faz uma campanha específica. “Nós fazemos uma campanha junto a um grupo de pessoas. Esse grupo nos ajuda faz algum tempo, mas há dificuldades se formos para uma campanha maciça, acredito que muitas pessoas, de maneira geral, tem receio em doar”, explica.

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