Tribuna Ribeirão
Economia

Brasil registra deflação de 0,21% em novembro

A inflação medida pelo Índi­ce Nacional de Preços ao Con­sumidor Amplo (IPCA) fechou novembro com queda de 0,21% ante um aumento de 0,45% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­tística (IBGE) nesta sexta-feira, 7 de dezembro. Foi a menor taxa do indexador oficial para meses de novembro desde a implanta­ção do Plano Real, em 1994.

O resultado foi o menor des­de julho de 2017, quando houve queda de 0,23%. A taxa acumu­lada pela inflação no ano foi de 3,59%. Em doze meses, o IPCA acumulou alta de 4,05%, resul­tado que também veio abaixo das projeções dos analistas, que iam de 4,10% a 4,27%, com me­diana positiva de 4,15%. Nesse intervalo de tempo, o indexador oficial está abaixo do centro da meta de inflação, de 4,50%.

Os preços da conta de luz e dos combustíveis foram os que mais contribuíram para a defla­ção registrada no IPCA de no­vembro. Isoladamente, a energia elétrica foi o item com maior contribuição negativa para o IPCA de novembro, com -0,16 ponto percentual (pp), após re­gistrar queda de 4,04% ante ou­tubro. Com isso, o item energia elétrica, que até outubro acu­mulava alta de 15,54%, passou a acumular no ano alta de 10,88%.

Por causa da conta de luz, o grupo Habitação registrou de­flação de 0,71% no IPCA de no­vembro, com impacto negativo de 0,11 p.p. no índice de novem­bro. O grupo de maior contri­buição negativa em novembro foi Transportes, com queda de 0,74% e -0,14 pp no IPCA. Os combustíveis, com queda de 2,42% foram destaque. A ga­solina ficou, em média, 3,07% mais barata em novembro. Já as quedas do óleo diesel e do etanol foram menos intensas, -0,58% e -0,52%, respectivamente, ante as altas de 2,45% e 4,07% registra­das em outubro.

O gás veicular seguiu a traje­tória de alta, passando de 0,06% para 5,45% em novembro. A deflação de novembro só não foi maior porque os preços dos alimentos ficaram mais caros, ainda que tenham arrefecido na comparação com outubro. O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 0,39%, maior impacto positivo no índice cheio, com 0,10 ponto percen­tual.

Em outubro, a alta havia sido de 0,59%. Os alimentos para consumo no domicílio su­biram 0,34%. Alguns itens fica­ram mais caros de um mês para o outro, a exemplo da cebola (24,45%), do tomate (22,25%), da batata-inglesa (14,69%) e das hortaliças (4,43%). Por outro lado, o leite longa vida manteve a trajetória de queda dos últimos meses, variando -7,52% com contribuição de -0,08 pp no ín­dice do mês.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,25% em novem­bro, após subir 0,40% em outu­bro. Com o resultado, o indexa­dor acumula uma elevação de 3,29% no ano. A taxa em 12 me­ses foi de 3,56%. Em novembro do ano passado, o INPC tinha sido de 0,18%. A taxa é a menor para meses de novembro desde a implantação do Plano Real, em 1994. Mede a variação dos pre­ços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

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