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O sistema educacional em São Paulo

Em minha crônica sabatina da semana passada, neste TRIBUNA, tive a oportunidade de comentar a respeito da vergonha que ocorre com a Educação de nossa “Terra Brasi­lis”; hoje, dando prosseguimento à demonstração do descaso dos “governículos” sejam brasilianos ou paulistas para com a nossa sofrida Educação, darei continuidade ao assunto, po­rém comentando apenas a herança que aquele médico aneste­sista que foi governador deste estado por muitos anos deixou à atual e sofrida profissão dos profissionais em Educação.

Quando aqueles que têm a minha idade (quase oito déca­das de existência) ingressamos no magistério oficial do Esta­do de São Paulo, nossos vencimentos se igualavam aos mem­bros do poder judiciário com curso superior. Atualmente um segurador das capas de um juiz do TSJ, que, para quando for necessário, colocá-las às costas do juiz em audiências, ganha em média de três a quatro vezes mais que um professor do antigo segundo grau, hoje não sei mais qual nome que a ele deram! Curso Primário, Curso Médio ou outro qualquer! Me refiro ao curso e não aos membros do Supremo, alguns deles, sei exatamente o nome que lhes darei quando necessário…

Acontece que a falta de respeito aos profissionais de Edu­cação, em São Paulo está em iguais ou em piores condições do que os demais profissionais da “Terra Brasilis”.

Em recente publicação do nosso TRIBUNA (01/12/18 pg A4), sob o título “Domingo é dia de concursos em RP” foi apresentada a remuneração inicial das diversas categorias necessárias à Administração Pública Municipal. Acredito que as defasagens encontradas que passarei a explicar devem ser resultantes das publicações estultas dos diários oficiais do município sejam resultado de administrações anteriores! Então vejamos os de nível superior:

SALÁRIO BRUTO:
Arquiteto e Engenheiro Civil: R$ 6.173,59
Fisioterapeuta, Assistente Social e Farmacêutico: R$ 5.746,73
Médico Pediatra, Psiquiatra Infantil e Neuropediatra: R$ 7.410,61
Médico Veterinário: R$ 5.869,57
Professor PEB III (com habilitação): 4.074,72

Este é um simples exemplo de um município pujante como Ribeirão Preto! Que dirá os que tiveram problemas administrativos graves como os nossos, em anos anteriores e não tiveram condições de se reestruturar?

Estamos percorrendo o primeiro quarto do século XXI e a “Terra Brasilis” se situa, se não no último, entre os últimos lugares em todas as estatísticas sobre os assuntos educacionais de toda ordem.

É hora de haver uma política educacional decente neste país; é hora das autoridades, principalmente paulistas que transformaram anossa Secretaria Estadual de Educação em um verdadeiro balão de ensaio para suas teses, se não imbe­cis, ao menos vergonhosas. É hora de que o profissional do magistério seja respeitado, não apenas sob o ponto de vista de seus alunos, porém das autoridades constituídas pelo Estado, inclusive em seus soldos.

Vamos acabar com a vergonhosa administração educacio­nal deste país e particularmente de São Paulo.

O médico, ex-governador tentou me anestesiar; não conseguiu!

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