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Causos de Velho Nacime
Na vizinha cidade de Batatais havia um comerciante falecido há pouco tempo o qual vivia para contar histórias e estórias. Escreveu alguns livros e contou suas aventuras e desventuras na radio para o veterano jornalista Batista. Aos domingos os dois trocavam mu­sicas pelas aventuras vivenciadas pelo antigo dono de um comer­cio que vendia de tudo, de alfinete a telhado de casas. “Ele, mesmo nos últimos dias de existência, depois de perder a sua musa inspi­radora vitima de doença insidiosa, fazia questão de contar os fa­tos sempre tendo ao lado um antigo ‘ Sancho Pança” que assentia com a cabeça corroborando com a veracidade dos fatos.

Coincidências
Entrevistado por nós par a 79 contou que saiu da Batatais logo de madrugada para não ser parado na estrada pela Fiscalização do ICMS , ele e seu inseparável amigo “Vitinho” . Notas preparadas com endereço e numeral da casa em que deveriam entregar a mercado­ria logo na chegada de São Paulo. Quando estavam adentrando a Capital eis que uma blitz da Fiscalização Estadual estava parando os caminhões. O que fazer… Fugir não havia como e nem para onde. Dar ré era acidente certeiro. Resolveram estacionar o veiculo.

Fiscal bom de prosa e falante
O funcionário do Estado da Secção Fazendária pediu os docu­mentos da mercadoria. Tudo foi entregue dentro de uma pastinha com toda a fachada de estar 100% dentro dos conformes. O Fiscal enrubesceu, ficou mais vermelho que os morangos que desponta­vam nos morros da chegada da grande metrópole. O funcionário público olhava para a nota e ria. Chamou seus companheiros e todos riam em conjunto. Nacime e o seu amigo “Vitinho” não sa­biam o que falar. Olhavam estupefatos a reação dos que deveriam apreender a mercadoria, aplicar as multas e tomar as devidas pro­vidências legais. Nada disso. Ficaram gelados.

O chefe subiu no caminhão e mandou tocar
Mais abismados ainda os batataenses tiveram a companhia do Chefe dos Fiscais que subiu na boleia e determinou: “Toca”. Eles atenderam o comando. O endereço da mercadoria era a rua Clélia, logo no início da Lapa. O Vitinho estava quase parando para tomar uma água em um bar e o Chefe determinou, não pare, toque para este endereço da nota. E assim fizeram. Quando chegaram à casa determinada o funcionário desceu e mandou: “pode descarregar toda a mercadoria aqui nesta casa”. Eles não entendiam mais nada. Nacime , todo maneiroso como bom árabe, foi de leve saber por qual motivo deveria descarregar a mercadoria naquele endereço.

A maior coincidência
Chefão da equipe então revelou o motivo das risadas, etc. Falou com todas as letras: “Mandei-os descarregar no endereço da nota, pois este é o da minha casa.” Eles caíram de costas da bo­leia do velho caminhão. Sem o querer haviam colocado aleato­riamente o endereço que era o da casa do Chefe da Fiscalização do ICMS. Ao invés de recolherem a mercadoria naquela casa, foram para o pátio da central dos fiscais onde a mercadoria foi apreendida e eles tiveram as punições legais. Para o velho co­merciante de Batatais, Nacime Mansur tudo era motivo de ale­gria e de regozijo pela vida. Tive um grande prazer em conhecê e compartilhar de suas histórias e estórias em seu escritório na antiga loja que ele teimava e não modernizar.

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