Ribeirão Preto se transformou em um cenário para uma série que será disponibilizada pela plataforma Netflix. A estreia do ‘O Observador – Um Olhar Pode Ser Fatal’, drama policial que está sendo filmado a todo o vapor, está prevista para abril de 2019.
O produtor, diretor e roteirista Carlos Cherri conta que a ideia surgiu através do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), de uma MBA da LA Film-, LatinAmerican FilmInstitute, uma escola de formação de artistas que conta com salas de aulas e estúdios modernos, equipamentos de última geração,em parceria com o Centro Universitário Max Plank, de Indaiatuba, da qual Cherri e toda equipe são alunos.
“Dentre as opções de realizar um curta-metragem ou longa-metragem e, até mesmo, um piloto de série, decidimos pelo último, tendo em vista arrecadar recursos para a produção dos demais episódios”, conta Cherri.
Segundo o diretor, além dele, o também roteirista, produtor e diretor de arte Luís Anderson e parte do elenco e da equipe são de Ribeirão, “o que facilitou a negociação de locações”. Além de Ribeirão Preto, o drama policial está sendo gravado em Sertãozinho.
O piloto da série está sendo gravado no antigo depósito abandonado e parte em ruínas da Ciane, na Praça 7 de setembro, no bar Empório Brasília, no IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Campus Sertãozinho) e em duas residências particulares.
Cherri explica que a produção teve um custo aproximado de R$ 15 mil, incluindo transporte, alimentação e hospedagem. “É um projeto de baixo orçamento, sem parceria e sem recursos, exceto dos envolvidos no projeto. Continuamos buscando tais parcerias e investidores, já que a finalidade de terminar os demais episódios permite a negociação constante e o diálogo aberto entre os interessados”, ressalta.
O diretor conta um pouco sobre o tema do ‘O Observador – Um Olhar Pode Ser Fatal’:“é sobre um serial killer que reproduz quadros famosos com as vítimas, mobilizando um grupo de investigação especial e a ambição de jornalistas por notícias sensacionalistas que, muito longe do impacto social, almejam a exaltação própria. A série também reflete sobre a forma de expressão artística e o que nós podemos fazer por meio dela, somado à capacidade do que a arte pode fazer ao ser humano”.
‘O Observador’ pretende atingir adultos de 20 a 30 anos. “Lembrando que a apreciação depende mais do gosto, e do interesse, do que da idade. Isso porque as pessoas são livres para escolherem o que assistem e atrair público variado enaltece nosso trabalho, já que não temos intuito de excluir ninguém pela destinação a um público específico, ao contrário, tentamos sempre oferecer qualidade para todos”, diz Cherri. A expectativa é que o piloto possa ser assistido a partir de março do próximo ano. “Esperamos que a apreciação seja positiva em nossa cidade, assim como em todo interior de São Paulo e possa receber a atenção que merece, do público, das políticas públicas, das empresas e colaboradores na produção cultural. Assim os desafios seriam reduzidos e as pessoas tomariam conhecimento das produções nacionais, ofuscadas pelas produções internacionais”, finaliza.
PM foi acionada para averiguar ‘crime’
Um detalhe curioso sobre as locações e gravações de ‘O Observador – Um Olhar Pode Ser Fatal’ é que moradores acionaram a Polícia Militar por atitudes suspeitas.
A cena de um crime e pessoas armadas despertaram a atenção de populares que acionaram a PM. No local a polícia foi informada do que se tratava e documentos com a permissão para usar armas réplicas nas filmagens foram mostrados. Um vídeo com essa participação especial foi feito e colocado nas redes sociais, além de fotos. “Foi um mal entendido, mas os policiais entenderam e elogiaram nosso trabalho”, conta Vivi Reis.
Quando fui chamada, nem acreditei, diz atriz de RP
Uma das atrizes de ‘O Observador – Um Olhar Pode Ser Fatal’ é Vivi Reis, que interpreta uma delegada de polícia. Ela fala com entusiasmo sobre o trabalho. “Quando fui chamada, eu nem acreditei, porque sempre quis fazer cinema, série, enfim… fui selecionada e, na verdade, na hora do teste acabei mudando de papel… a delegada não estaria… mas depois do teste ela voltou para a série. Eis o grande desafio, colocar uma personalidade um tanto diferente para mim. Minha personagem tem características que tive que buscar e trabalhar para dar o peso que tem uma delegada, e achei um desafio maravilhoso, diferente das personagens que já fiz, e está me ajudando muito na vida”, explica.
“Cada cena que gravávamos, eu arrepiava com a atuação de cada um! Sabe um elenco em que cada um encaixa exatamente no papel? Além de atores maravilhosos, nos divertimos muito! Somos alguns atores de Ribeirão Preto, a maioria mora em São Paulo, mas cada um de um canto, tem gente da Bahia, do Rio Grande do Sul, Maceió. Está sendo maravilhoso conhecê-los e trabalhar com eles”, comenta a atriz.
Vivi diz estar ansiosa para ver o resultado final. Ela adianta que antes da plataforma Netflix o piloto será exibido no Cine Clube Cauim de Ribeirão Preto. “Todos que acompanharam o processo peloInstagram e Facebook vão poder conferir também”.
O Observador – Um Olhar Pode Ser Fatal
Elenco: Vivi Reis, Victoria Mattos, Rafael Santana, Marina Knob, Paula Zago, Israel Alves, Djalma França, Ricardo Beatto e Eduarda Lungato.
Equipe: Cleber Silva (direção de fotografia, operação de câmera e edição), Henrique Gomes (roteiro e design de áudio), João Gabriel Manzi(trilha sonora), Miguel Notarangeli (assistente de direção), Julia Navarro e Gabriela Navarro (produção de arte e maquiagem), Paulo Monteiro e Valter Navarro (produção de locação), Carlos Cherri (roteiro, produção e direção), Luis Anderson Dias (roteiro, produção e direção de arte)
Instagram: @o_observador_2019