Tribuna Ribeirão
Política

Secretária depõe e nega ‘censura’ a vereadores

A secretária municipal da Educação, Luciana Andrade Rodrigues Silva, e a diretora do Departamento da Educação da pasta, Maysa Helena Bar­bosa, disseram aos vereadores, em depoimento nesta quinta-feira, 29 de novembro, que os diretores das 109 escolas municipais têm autonomia para conversar e responder às perguntas dos parlamenta­res durante visitas às unidades educacionais. Ambas ressalta­ram que não houve qualquer tipo de censura ou ordem para omitir informações.

As duas foram convoca­das para prestar explicações sobre um e-mail enviado em 5 de novembro aos diretores das 109 escolas municipais. A mensagem sugeria aos responsáveis pelas unidades educacionais que evitassem repassar informações aos ve­readores e que nestes casos os parlamentares deveriam procurar a Secretaria Muni­cipal da Educação. Durante a audiência de ontem, Lu­ciana Andrade afirmou que o e-mail foi enviado apenas para orientar os profissionais sobre casos específicos e téc­nicos, como, por exemplo, re­formas nos prédios.

Segundo a secretária, al­guns diretores se sentiram incomodados com os ques­tionamentos feitos durante as visitas, mas não deu nomes porque, como gestora, ela tem que defender e trabalhar pela união a favor dos profis­sionais da educação munici­pal. “O e-mail não teve como objetivo cercear, foi feito para orientar em questões técnicas e o ideal seria que as infor­mações fossem dadas pelas áreas responsáveis da secre­taria”, disse.

Ela garantiu também que vai reforçar para os diretores de que não existe censura por parte do governo em relação aos vereadores. Durante a sessão, após ser questionada pelos vereadores se houve contradição entre o e-mail enviado e o que a secretária e a diretora disseram nos de­poimentos, a titular da Edu­cação afirmou que enviará um novo comunicado escla­recendo as dúvidas e infor­mando de forma “mais clara e objetiva sobre o assunto”.

O que provocou os depoimentos
A proposta para a convo­cação da secretária foi feita por requerimento propos­to por Fabiano Guimarães (DEM) e transformado em projeto de resolução pela Mesa Diretora. Segundo o demo­crata, a decisão de convocar a secretária da Educação ocor­reu porque, nos últimos três meses, ele visitou 46 unidades para conversar com diretores e coordenadores de cada esco­la para entender o funciona­mento da rede municipal de ensino e foi informado sobre a suposta restrição.

Ele cita a Lei Orgânica do Município (LOM). A le­gislação estabelece que “no exercício de seu mandato, o vereador terá livre acesso às repartições públicas, poden­do diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da admi­nistração direta e indireta do município, devendo ser aten­dido pelos respectivos res­ponsáveis, na forma da lei”.

A rede municipal de Edu­cação é formada por 34 Cen­tros de Educação Infantil (CEIs), 41 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), 26 Escolas Municipais de Ensi­no Fundamental (Emefs), três Centros Educacionais Munici­pais de Educação Integral (Ce­meis), duas Escolas Municipais de Ensino Fundamental e En­sino Médio (Emefems), um Centro de Educação Especial e Ensino Fundamental (CE­EEF), uma Escola Municipal de Ensino Profissional Básico (EMEPB), Educação de Jovens e Adultos (EJA, salas espalha­das por várias unidades), além das 20 escolas conveniadas.

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