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Palocci pode deixar a cadeia após dois anos

O ex-ministro Antônio Pa­locci pode deixar a cadeia ama­nhã, devido a um acordo de colaboração com a Justiça que firmou no âmbito da Operação Lava Jato. O caso dele será julga­do pela 8ª Turma Penal do Tri­bunal Regional Federal da 4ª Re­gião (TRF-4), em Porto Alegre. A defesa pediu revisão de sen­tença com base nas informações que foram prestadas por ele na investigação. A pena privativa de liberdade pode ser substituí­da por domiciliar, mediante uso de tornozeleira eletrônica.

Por meio de 18 termos de colaboração, Palocci detalha como era o esquema de cor­rupção que lesou a Petrobras e acusa diretamente dirigentes do Partido dos Trabalhadores, entre eles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O relator da Lava Jato na Corte, desembargador João Pedro Gebran Neto, já vo­tou pela redução da pena na pri­meira parte do julgamento, que ocorreu no mês passado.

No depoimento, ele detalha como contratos para a aquisi­ção de navios-sonda pela Pe­trobras, para perfuração em áreas profundas no México e na África, foram utilizados em favor da Samsung Heavy In­dustries Co., construtora dos navios. Em troca de ser bene­ficiada, a empresa, de acordo com o Ministério Público, re­passou propina para políticos do PT. Ao todo, os contratos representam negócios no valor de U$ 1,2 bilhão. Palocci diz que Lula determinou, indevi­damente, a cinco gestores dos fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da Caixa Eco­nômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros) a capitaliza­ção do “projeto de sondas”, que tinha como objetivo a constru­ção de navios-sonda no Brasil.

Além disso, as declarações de Palocci fornecem informa­ções para, pelo menos, cinco frentes de investigação. No pedido de benefícios, a defesa alega que ele levou às investiga­ções diversas informações ainda desconhecidas. “Os números são expressivos e comprovam o intuito colaborativo de Antônio Palocci, o qual buscou, de modo incessante, narrar à Polícia Fe­deral todos os crimes que prati­cou ou que teve conhecimento, infrações essas até então desco­nhecidas.” Recursos, que resul­taram na criação da Sete Brasil, seriam repassados também para campanhas presidenciais.

A defesa de Lula nega as acusações. O PT afirma que as “declarações do senhor Palocci tentam incriminar Lula, Dilma e outros dirigentes do PT para obter o prêmio da liberdade, da redução da pena e da posse de recursos os quais é acusado de ter acumulado ilegalmente”.

Doze anos
Antônio Palocci foi conde­nado, em junho do ano passa­do, a 12 anos, dois meses e 20 dias por corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, ele negociou propi­nas com a Odebrecht que, em troca, foi beneficiada com con­tratos da Petrobras.

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