Tribuna Ribeirão
Economia

Impostômetro atinge a marca de R$ 2,1 trilhões

O Impostômetro da Asso­ciação Comercial de São Paulo (ACSP) registra a marca de R$ 2,1 trilhões às 16h30 desta quarta-feira, 21 de novembro. No ano passado, o mesmo montante foi arrecadado um mês depois, em 21 de dezembro. Segundo o painel, no ano passado o brasileiro teve de trabalhar 153 dias somente para pagar impostos – mesma quanti­dade de 2016, enquanto nos dois períodos anteriores foram 151.

Em Ribeirão Preto, segundo o painel virtual da ACSP, a arreca­dação até as 17h30 desta terça-feira (20) estava em R$ 887,55 milhões, cerca de R$ 80,68 milhões por mês e cerca de R$ 2,7 milhões por dia. Consideran­do a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 694.534 habitantes, cada ribeirão-pretano pagou cerca de R$ 1.278,01 de impostos neste ano – mas nem todos têm idade para recolher tributos, o que elevaria o valor.

“O valor de R$ 2,1 trilhões se aproxima do total arrecadado no ano passado inteiro. Parte disso é reflexo de alguma recuperação econômica e da elevação de preços, especialmente da energia elétrica e dos combustíveis, que têm tributação elevada. Isso refor­ça a tese de que o problema das finanças públicas brasileiras não está no lado da receita. É preciso atacar o lado das despesas”, declara Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

“Enquanto o País estiver com déficit nas contas públicas, haverá risco de aumento de impostos. Portanto, espera-se que o novo governo se proponha a enfrentar essa questão fiscal sem mexer nos tributos ― a não ser para simplifi­cá-los ou até mesmo reduzi-los”, complementa Burti. O painel informa o valor total de impostos, taxas, contribuições e multas que a população brasileira pagou desde o primeiro dia do ano para a União, os estados e os municípios.

O total de impostos arreca­dados no acumulado de janeiro a agosto deste ano em Ribeirão Pre­to foi da ordem de R$ 2,03 bilhões, um avanço de 10% em relação ao recolhimento de R$ 1,84 bilhão registrado no mesmo período de 2017, ou R$ 194 milhões a mais, aproximadamente. Contribuição para o Financiamento da Seguri­dade Social (Cofins) e programas de Integração Social e de Forma­ção do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) tiveram as variações mais significativas, com contribuições alcançando 12,8% e 11,7%, respectivamente.

Somente em agosto a arreca­dação de impostos federais em Ribeirão Preto cresceu 4,1%, de R$ 204,50 milhões em 2017 para R$ 507,21 milhões no mesmo mês deste ano, aporte de R$ 302,71 milhões. Em oito meses, cada um dos 694.534 ribeirão -pretanos – segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís­tica (INGE) – pagou R$ 2.928,44 para a União. Os dados são do boletim Termômetro Tributário do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper) da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace).

No portal www.impostometro. com.br, é possível visualizar valores arrecadados por período, estado, município e categoria. Foi implan­tado em 2005, em São Paulo, para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por servi­ços públicos de mais qualidade. Outros municípios se espelharam na iniciativa e instalaram painéis, como Ribeirão Preto (na sede da Associação Comercial e Industrial), Florianópolis, Guarulhos, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília.

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