Enquanto o preço do etanol recua nas usinas, nos postos de combustíveis de Ribeirão Preto acontece o oposto. A semana começou com alta de R$ 0,10, em média, no valor cobrado pelo litro do derivado de cana-de-açúcar. O preço do hidratado continua em queda nas unidades produtoras do estado, segundo estudo do Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP) –, realizado entre o dia 1º e sexta-feira, 9 de novembro.
O litro baixou de R$ 1,7315 para R$ 1,6738, retração de 3,33%. Já o do álcool anidro – adicionado à gasolina em 25% – caiu 2,12%, de R$ 1,9394 para R$ 1,8982. O preço do hidratado tem registrado quedas seguidas nas unidades produtoras. No levantamento realizado entre 26 de outubro e 1º de novembro, o litro do produto recuou 2,29%, Já havia baixado 0,45% entre os dias 11 e 18, e entre 19 e 26 caiu 1,81% nas usinas paulistas. Já o do álcool anidro havia caído 2,42% na semana passada e 2,26% no período anterior.
Nos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o litro do etanol voltou a ser vendido, em média, a R$ 2,80 (R$ 2,797), alta de 3,7% em relação aos R$ 2,70 (R$ 2,697) da semana anterior. Nos sem-bandeirado, custava R$ 2,50 (R$ 2,499) e agora é negociado a R$ 2,60 (R$ 2,599), aumento de 4%. A variação entre o menor preço (independentes) e o maior preço (franqueados) chega a 7,7%, ou R$ 0,20 de diferença. O produto ribeirão-pretano era o segundo mais barato do estado até dia 3, segundo pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizada em 108 cidades paulistas. Agora não está nem entre os cinco primeiros.
Ontem, a Petrobras anunciou corte de 0,71% no preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias, válido para esta terça-feira, dia 13, para R$ 1,6616. Essa foi a 17ª queda consecutiva no preço da gasolina desde 25 de setembro, quando atingiu o valor de R$ 2,2514 por litro. Desde então, o combustível já acumula redução de 26,38%. Além disso, a estatal manteve sem alteração o preço do diesel, em R$ 2,1228, conforme tabela disponível no site da empresa. Em 6 de setembro, a diretoria da companhia petrolífera anunciou que além dos reajustes diários da gasolina, terá a opção de utilizar um mecanismo de proteção (hedge) complementar.
Nas bombas dos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o produto está mais R$ 0,10 mais barato e custa, em média, R$ 4,60 (R$ 4,598), contra R$ 4,70 (R$ 2,699) da semana anterior, recuo de 2,1%. Nos sem bandeira a retração é de 1,6%, de R$ 4,45 (R$ 4,449) para R$ 4,38 (R$ 4,379), desconto de R$ 0,07. A variação entre o menor preço (independentes) e o maior preço (franqueados) chega a 5%, ou R$ 0,22 de diferença. A média do diesel na cidade é de R$ 3,80 nos franqueados (R$ 3,799) e de R$ 3,50 nos independentes (R$ 3,499), variação de 8,5% e diferença de R$ 0,30. Porém, há locais onde o produto está mais em conta.
De acordo com o estudo semanal da ANP, realizado entre os dias 4 e 10, o preço médio da gasolina caiu em Ribeirão Preto na semana passada, de R$ 4,639 para R$ 4,630, retração de 0,2% e desconto de R$ 0,009 em comparação com o anterior. O etanol ribeirão-pretano subiu 0,3%, de R$ 2,688 para R$ 2,696, acréscimo de R$ 0,008. O litro do diesel está 3% mais barato. Passou de R$ 3,673 para R$ 3,562, abatimento de R$ 0,111.
Considerando os valores médios de R$ 2,80 para o etanol e R$ 4,60 para gasolina nos bandeirados e de R$ 2,60 e R$ 4,38 nos sem-bandeira, respectivamente, ainda é mais vantajoso abastecer com álcool, já que a paridade está entre 60,8% e 59,3% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar quando a relação chega a 70%. Se a base for os preços da ANP, de R$ 2,696 para o etanol e R$ 4,630 para a gasolina, a paridade está em 58,2%.