A CPFL Paulista, distribuidora do Grupo CPFL Energia que atende 4,4 milhões de clientes em 234 municípios no Estado de São Paulo – 290 mil somente em Ribeirão Preto –, registrou 1,8 milhão de clientes sem energia entre janeiro e setembro de 2018 por conta de interferência da vegetação na rede elétrica. No período, a concessionária contabilizou 13.646 ocorrências relacionadas à queda de árvores e ao toque de galhos na fiação elétrica, que deixaram os consumidores, na média, 4h36 sem energia elétrica.
Ribeirão Preto responde por 7,13% do total de ocorrências deste ano, ou 416 casos, média de 46 por mês, mais de um por dia. Os problemas deixaram 108.026 clientes ribeirão-pretanos sem energia neste nove meses, média de 3h13 no escuro. Em comparação com o mesmo período de 2017, quando 88.044 consumidores ficaram sem luz, a quantidade de unidades afetadas cresceu 22,7%, com acréscimo de 19.982 residências, lojas comerciais, indústrias e outros estabelecimentos.
Porém, a quantidade de ocorrências caiu 5,45%, de 440 para 416, com 24 a menos neste ano. A média mensal foi superior em 2017, de quase 49. Os 108.026 clientes que ficaram sem energia em 2018 representam 37,2% das 290 mil unidades consumidoras atendidas na cidade pela CPFL Paulista. Como as redes de distribuição no Brasil são aéreas, o lançamento de objetos nos fios e cabos está entre as principais causas de interrupção do serviço.
Segundo dados da área operacional da CPFL Paulista, a interferência da vegetação na rede elétrica representa a causa de 10,9% dos casos de falta de energia. Esse tipo de situação se torna mais comum durante o período de chuvas, entre os meses de outubro e março, quando há a ocorrência temporais e vendavais, que derrubam árvores e galhos sob a fiação.
Em que pese os números expressivos, a CPFL Paulista registrou uma redução de 5,1% no número de ocorrências relacionadas à vegetação na comparação entre janeiro e setembro de 2018 e o mesmo período de 2017, quando foram registrados 14.394 casos relativos ao tema, redução de 748. Essa diminuição está associada aos investimentos da empresa na instalação de fios mais resistentes aos toques de galhos das árvores, como space cables e os cabos multiplexados, e as ações de podas preventivas executadas nas cidades da área de concessão.
Estatísticas apuradas pela área operacional da CPFL Paulista mostram que Campinas é a cidade da área de concessão que registra o maior número absoluto de ocorrências por vegetação, totalizando 1.244 casos (13,13% do total das ocorrências de falta de energia) e afetando 185,3 mil clientes. Em seguida vem Piracicaba, com 455 (11,31% do total e 60,5 mil consumidores), e Araçatuba, com 432 (18,86% e 39,1 mil clientes). Ribeirão Preto é a quinta do ranking.
Em toda a área de abrangência da concessionária, 1.819.856 clientes ficaram sem energia neste ano, contra 2.674.722 de nove meses de 2017, queda de 31,9% e 854.866 a menos em 2018. Entre as cidades com o maior número de ocorrências, Itatiba lidera o ranking em relação à quantidade total de interrupções de energia. No município, a vegetação foi responsável por 23,24% dos casos de falta de energia entre janeiro e setembro de 2018 na cidade. Em segundo lugar vem Araçatuba, com 18,86% das ocorrências, seguida por Marília, com 14,85% dos casos.
Ainda no ranking das dez cidades mais afetadas, São Carlos é a que registra o maior tempo médio de duração das interrupções causadas por árvores entre janeiro e setembro de 2018. No período, os clientes da CPFL Paulista ficaram 4h57 sem energia por conta da vegetação. Em segundo lugar está Araraquara, com 4h25, seguida de Itatiba, com 4h20 sem energia devido à interferência de árvores e galhos na rede. Ribeirão Preto é a sexta.