Tribuna Ribeirão
Política

Equipe de transição tem 22 nomes para economia

Os primeiros integrantes da equipe de transição gover­namental são das áreas consi­deradas mais “sensíveis” pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL): economia e infraestru­tura. A informação foi dada pelo deputado Onyx Loren­zoni (DEM-RS), oficializado nesta quarta-feira, 31, como coordenador do grupo e futu­ro ministro da Casa Civil. Ele entregou uma lista ao ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), no Palácio do Planalto, com a re­lação das 22 pessoas que farão parte da equipe de Bolsonaro até o início do ano que vem.

“Há uma primeira lista de 22 nomes que foram apresentados hoje, eles estão mais concen­trados na área econômica por conta, evidentemente, das infor­mações que a equipe do Minis­tério de Economia, liderada por Paulo Guedes, deve receber para fazer a preparação. Outra área sensível é área de infraestrutu­ra, que já avançou, mas precisa avançar mais. Essas são as duas áreas que concentram maior nú­mero de técnicos”, anunciou.

Após reunião, em coletiva de imprensa, Lorenzoni não informou quais foram os no­mes escolhidos e disse que as informações serão divulgadas no Diário Oficial da União (DOU) de amanhã. A Casa Civil também não divulgou os nomes após questionamentos de jornalistas. Os indicados ainda precisam passar por uma avaliação da Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) para verificar se apresentam algum tipo de impedimento para as­sumir cargo público.

O presidente eleito ainda tem direito a indicar até outros 28 nomes para compor a equipe de transição. Segundo Lorenzo­ni, isso vai acontecer de acordo com a necessidade e conforme os demais ministros do futuro governo forem anunciados por Bolsonaro. Segundo o coorde­nador da transição, o presidente eleito virá na próxima semana para um encontro com o presi­dente Michel Temer e para ini­ciar “formalmente” a transição entre os dois.

“Já na próxima semana ele vai dar as primeiras sinaliza­ções tanto da estrutura minis­terial como de áreas que vai determinar para que a equipe de transição foque. Agora ini­cia-se uma fase importante. (Vamos) falar pouco, traba­lhar muito para que o Brasil colha os resultados”, declarou.

Lorenzoni elogiou o pro­cesso de transição organizado por Padilha e o sistema eletrô­nico “simplificado” para per­mitir a interação de técnicos e o acesso à informações funda­mentais para a construção da futura gestão. “O processo é eficaz e irá nos poupar bastante tempo”, disse. O futuro minis­tro da Casa Civil considerou que a equipe de transição terá pouco tempo para trabalhar diante do “tamanho do Brasil” e que o processo utilizado será “bastante eficaz”.

Hoje, Lorenzoni veio ao Planalto acompanhado do ge­neral Augusto Heleno Ribeiro, escolhido por Bolsonaro para o Ministério da Defesa, para dar início ao processo de tran­sição. Além da reunião com Padilha, eles conversaram com responsáveis por áreas técnicas da Casa Civil. “Isso já nos per­mitiu ter uma visão dos avan­ços obtidos e vai permitir que Bolsonaro tenha relatórios para que ele decida, junto com a sua equipe final, aquilo que vai ser implementado no curto, médio e longo prazo a partir de 1º de janeiro”, contou Lorenzoni.

Ele defendeu que a primei­ra palavra do governo é “de muita tranquilidade, absoluta harmonia”. “Queremos melhor transição possível”, reforçou. O futuro ministro encerrou a coletiva de imprensa após sua declaração sem responder per­guntas da imprensa.

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