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Mudar ou mudar. Eis a escolha

Lulu Santos, em uma de suas mais profundas poesias mu­sicais disse que “Tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo. Tudo muda o tempo todo, no mundo”.
Terminamos de assistir, surpresos e nunca indiferentes, a mais diferente eleição dos últimos tempos.

Episódios de idolatria já vimos. Na redemocratização, com a eleição de Tancredo Neves. Na eleição de Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva. Mas nada com essa proporção que, certamente, tem tirado o sono do Capitão Bolsonaro, em meio à responsabili­dade da esperança brasileira.

Tudo o que aprendemos em eleições cai por terra. A sobrevivência está em se reciclar, ver o alerta musical que convoca para enfrentar a mudança. E, humildemente, fazer a leitura do alerta das urnas.

O filósofo grego Heráclito (500 a.C), cognominado “O Obscuro”, notou que não existe nada permanente, a não ser a mudança, e, principalmente na última década, parece que o sistema político não está percebendo isso.

Spencer Johson, autor do livro “Quem mexeu no meu queijo”, expõe a necessidade da mudança com humor repre­sentado por dois personagens humanos e dois ratos.
O vereador, principal agente político do espírito muni­cipalista, iniciador de todas as carreiras que podem ser bem sucedidas na política, deve receber o mosaico dessa eleição como uma tela para constante observação.

Então se eu puder dar uma sugestão, darei, com base na sabedoria chinesa: “Se alguém não iniciar com atitude corre­ta, como exige esse aviso soberano do povo, há pouca espe­rança de atingir um final feliz e correto”.

Resta-nos, finalmente, a esperança de que o presidente eleito Jair Bolsonaro, segundo as pesquisas, relembre duas figuras históricas: o presidente George Bush em seu discurso de posse: “Escolho como guia as palavras de um santo: nas coisas cruciais, unidade. Nas coisas importantes, diversidade. Em todas as coisas, generosidade”.

E a outra histórica refere-se ao Rei Salomão que clamou: “Senhor, dai-me sabedoria para conduzir meu povo”. Dessa forma o Capitão Bolsonaro pode dormir tranquilo.

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