Tribuna Ribeirão
Economia

Brasil segue com 62,4 milhões de devedores

O número de brasileiros com alguma conta em atraso ficou estagnado em 62,4 milhões – o equivalente a 40,6% da população adulta – na passa­gem de agosto para setembro. Na comparação com o nono mês do ano passado, o total de brasileiros inadimplentes subiu 3,9%, conforme levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Segundo o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o desemprego elevado e a renda ainda abaixo dos patamares anteriores à crise seguem prejudicando a capacidade de pagamento dos consumidores. “Esse quadro só deve ser revertido com a melhora do mercado de trabalho, o que exige por sua vez uma recupera­ção econômica mais vigorosa”, diz o executivo, ao comentar o resultado do levantamento. Mais uma vez a região Sudeste continua apresentando maior alta na quantidade de devedores, com 11,9%.

O balanço abrange desde dívidas bancárias – como faturas atrasadas de cartão de crédito e empréstimos bancários não pagos – a crediários abertos no comércio e dívidas com empresas que prestam serviços de telefonia, TV por assinatura e internet. Na comparação com setembro de 2017, as dívidas bancárias – entre cartão de crédito, cheque especial e empréstimos – subiram 8,5% no mês passado, a alta mais expressiva.

Já o número de brasileiros que atrasaram pagamento de crediários no comércio mostrou queda de 6,1%. Nas contas de serviços básicos, como água e luz, houve queda de 1,1% no total de consumidores em atraso. O indicador revela que o aumento mais acentuado da inadim­plência acontece entre a população mais velha. Na comparação entre setembro de 2018 e setembro do ano passado, houve um crescimento de 10,0% na quantidade de inadimplentes entre 65 e 84 anos. Em número absoluto, estima-se um total de 5,4 milhões de consumidores com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) restrito nessa faixa etária.

Considerando os brasileiros de 50 a 64 anos, a alta no número de negativados foi de 6,2%, com 12,9 milhões, e na população de 40 a 49 anos foi de 4,9%, com 14 milhões de inadimplentes. Os dados apontam ainda que a maior parte dos inadimplentes (51,5%) perma­nece na faixa dos 30 aos 39 anos. São 17,7 milhões de pessoas que não conseguem honrar seus compromissos financeiros.

Na população mais jovem, os números também são expressivos: 7,7 milhões de inadimplentes entre 25 a 29 anos e 4,4 milhões com contas atrasadas têm entre 18 e 24 anos. Em número absoluto, estima-se que cerca de 62,4 milhões de brasileiros estejam com restrições ao CPF, o que representa 40,6% da população adulta acima de 18 anos.

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