A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira, 23, pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue um vídeo que circula nas redes sociais em que um homem identificado como coronel do Exército e apoiador de Jair Bolsonaro (PSL) dispara uma série de ofensas a integrantes da Corte. No vídeo, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, é chamada de “salafrária”, “corrupta” e “incompetente”.
Na abertura da sessão da 2ª Turma, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, considerou o discurso do vídeo “repugnante”. “Exteriorizou-se esse discurso imundo e sórdido mediante linguagem insultuosa, desqualificada por palavras superlativamente grosseiras e boçais, próprias de quem possui reduzidíssimo e tosco universo vocabular, indignas de quem diz ser Oficial das Forças Armadas”, disse Celso de Mello.
Após a fala de Celso, a ministra Cármen Lúcia reforçou a defesa dos colegas. “Como afirma o ministro Celso de Mello, tudo que atinge um de nós, atinge todo o tribunal como instituição, que se preserva pela atuação ética, correta e séria de cada juiz desta Casa”, afirmou Cármen. “A agressão a um juiz é agressão a toda a magistratura”, concordou o relator da Operação Lava Jato, ministro Edson Fachin.