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Segundo turno das eleições de 2018!

Aproxima-se o segundo turno das eleições de 2018 e aumenta o descrédito e a insegurança em grande parte dos eleitores. Nunca antes a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, nosso arce­bispo metropolitano, Dom Moacir Silva, e alguns veículos sérios de comunicação social ofereceram tantos elementos para uma profunda formação de consciência política, como para as eleições de 2018.

Já as redes sociais foram um tanto cruéis com as fake news: notí­cias falsas não faltaram de todos os lados! Mesmo assim, as pessoas nos interpelam desiludidas, desacreditadas e sem saber em quem votar, em quem acreditar, tantas são as marcas das promessas não cumpridas, das mentiras descabidas que fomos obrigados a ouvir numa campanha que despertou uma profunda desconfiança da grande maioria dos brasileiros.

A cada grupo de 100 pessoas perguntadas, não mais que cinco assistiram ao horário político gratuito. Simplesmente desligaram a te­levisão ou o rádio, muitas delas, sentindo-se subestimadas e debocha­das. Pensei que seria capaz de convencer que a propaganda gratuita poderia formar consciência política, mas parece que me enganei. A linguagem não foi nada civilizada e causou até nojo nas pessoas!

Os que nos subjugaram aos impostos mais altos do mundo, em­prestando nosso suado dinheiro ao Fundo Monetário Internacional e a países ou ricos ou desorganizados, embora tenham prometido comida, educação e saúde de primeira qualidade a todos os brasilei­ros, agora prometem abaixar os impostos e rever a economia.

Os que finalmente concordam que a educação e a saúde estão em “coma induzido País afora” prometem melhorá-las, o que não fi­zeram ao longo de décadas. Quem fará o que por nós? Como farão? Partidos coligados e coniventes com interesses desleais em relação ao bem-comum? Os realmente honestos sobreviverão ao sistema corrompido pela ganância, pelo poder, pelo prestígio, pelo enrique­cimento ilícito imediato de alguns que determinam a indigência de um povo que não se lembra qual deputado ou senador elegeu no primeiro turno dessas eleições?

Ao invés de elegermos mais pessoas de bem de nossa cidade, preferimos dar o voto a forasteiros que nem conhecemos direito. Almejamos que os deputados eleitos de nossa cidade olhem com zelo e carinho pelo bem comum. São pessoas que realmente mere­ceram nossa confiança, os parabenizamos e os cobraremos quanto a benefícios, especialmente aos mais pobres de nossa cidade e região! Já os que votaram em “estranhos” ao invés de votarem em pessoas próximas de nosso povo, cobrarão o quê e onde?

Alguns continuam afirmando que “o povo tem o governo que merece” na medida em que elegem pessoas para interesses pessoais ou locais. Outros afirmam que vivemos “a era do descartável” enquanto descartamos, por exemplo, profissionais próximos de suas aposenta­dorias, ocupando seus postos por salários mínimos com a desumana desculpa da “contenção de despesas”. Assim fica fácil afirmar que nunca se ofereceu tanto “primeiro emprego”. O que se omite é que tais empregos custam o desemprego daqueles que já não são mais interes­santes para um capitalismo selvagem e inescrupuloso.

Se quisermos um governo honesto e que realmente trabalhe pelo bem comum da Nação, precisamos purificar nossa consciência e nosso olhar e fazer valer nossa cidadania, votando honestamente em quem de verdade busque a promoção da dignidade de nosso povo, a começar dos mais sofridos e marginalizados. Que nossos escolhidos saibam utilizar o transporte coletivo, seus filhos as escolas públicas, seus parentes e cabos eleitorais voltarem aos seus trabalhos anteriores e todos utilizarem-se do SUS – Sistema Único de Saúde no País inteiro.

Se isso acontecer, certamente voltaremos a acreditar na possibilida­de de um governo que governe cidadãos e não “bichinhos parecidos com gente”, a quem prometem “migalhas” de “bolsas” daqui e dali! Os brasileiros precisam de oportunidades e não de mero assistencialismo. Que cada Família tenha condições de ela mesma escolher o que irá comer, e não ter que se submeter a comer o que lhe dão em troca de votos, prestígio e poder tantas vezes “corrompido”!

Que as eleições do próximo domingo devolvam nova esperança e perspectivas de uma vida melhor ao lindo, sofrido, trabalhador e amado povo brasileiro!

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