Um enorme galpão está sendo construído dentro da propriedade da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), na antiga estação de trem da Mogiana, na avenida que leva o mesmo nome, em Ribeirão Preto. O tamanho correto da obra de grande porte e os valores da obra não foram informados, nem como quando será finalizado.
Mas, de acordo com a assessoria de comunicação da VLI, controladora da FCA, o local abrigará uma oficina de manutenção de vagões. “A estrutura vai ser integrada ao fluxo ferroviário do corredor Centro-Sudeste e permitirá que as manutenções sejam feitas de forma mais ágil, segura e eficiente”, esclarece em nota.
O trecho ferroviário que passa por Ribeirão Preto integra o corredor logístico Centro-Sudeste, responsável por conectar Goiás, São Paulo e Minas Gerais ao Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), situado no porto de Santos.
Segundo a assessoria da VLI, o corredor movimentou em 2017 mais de 15 milhões de toneladas de cargas. Os principais produtos transportados são soja, milho, açúcar, fosfato, enxofre e fertilizantes.
A região conta com o Terminal Integrador em Guará, que tem capacidade de movimentar 2,3 milhões de toneladas de açúcar por ano. Além disso, Ribeirão e Paulínia abrigam oficinas de manutenção de vagões e locomotivas. Nos últimos cinco anos, a empresa investiu cerca de R$ 4 bilhões neste corredor, com a construção de dois terminais e a expansão do Tiplam, a aquisição de locomotivas e vagões, a modernização da linha férrea e a ampliação de oficinas de manutenção.
A empresa informou ainda que recentemente, a malha da região de Ribeirão Preto passou por um processo de modernização e neste ano,cerca de 50 quilômetros de linha estão sendo trocados.
Investimentos promovem aumento de mais de 60% no volume da ferrovia
De 2010 até 2017, mais de 350 locomotivas e cerca de nove mil vagões foram colocadas para rodar na ferrovia. Isso representa um investimento em torno R$ 5 bilhões, de acordo com a VLI, empresa que controla a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), especializada em operações logísticas que integram ferrovias, portos e terminais, com frota de vagões e locomotivas para transporte de cargas.
Entre 2010 e 2017, a FCA aumentou em mais 60% o volume de produtos movimentados. Só em 2017, a ferrovia, que passa por Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Rio de Janeiro, movimentou cerca de 35 milhões de toneladas de soja, milho, açúcar, minério de ferro, produtos siderúrgicos, entre outros produtos. Em 2010, o volume foi de 21 milhões de toneladas.
A empresa, com sede em Belo Horizonte, conta com cerca de 7.500 profissionais e tem como acionistas a mineradora Vale (37,6%), o fundo de investimento canadense Brookfield (26,5%), a empresa de investimento japonesa Mitsui (20%) e o Fundo de investimento do FGTS (15,9%). “Uma das linhas de frente do nosso plano de investimentos, concluído este ano e orçado em R$ 9 bilhões, foi aumentar a capacidade da ferrovia. Adicionamos ativos modernos, mais econômicos e sustentáveis. Além disso, a modernização da frota impacta em uma cadeia de fornecedores no país”, ressalta Gustavo Serrão, diretor de Operações Ferroviárias.
Moderna
Um dos benefícios da frota renovada é a chegada de ativos mais eficientes. Novos vagões e locomotivas tornam a operação ferroviária cada vez mais ágil, segura e econômica. Em agosto, as mais recentes locomotivas incorporadas à operação foram as ES43 BBi fabricadas pela GE em Minas Gerais. Elas são 30% mais eficientes do que alguns modelos em uso. Duas locomotivas podem tracionar até 82 vagões carregados (um volume equivalente ao carregamento de cerca de 240 caminhões).