Tribuna Ribeirão
Economia

Comércio de Ribeirão Preto – Vendas voltam a cair em setembro

O varejo de Ribeirão Pre­to voltou a registrar queda nas vendas. O balanço do mês passado indica recuo de 0,39% em comparação com o mesmo período de 2017. Foi o sétimo resultado negativo deste ano. O comércio ribeirão-pretano havia interrompido a série de déficits com leve recuperação de 0,79% em agosto, depois de seis meses no “vermelho”. Até então, os lojistas só haviam ob­tido saldo positivo em janeiro, com aumento de 1,36%.

O resultado também vai contra as vendas do varejo na­cional, que cresceram 0,5%, na avaliação mensal dessazonali­zada, de acordo com o Indica­dor Movimento do Comércio apurado pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Contra setembro de 2017, houve alta de 2,7%. Já no acumulado em doze meses (outubro de 2017 até setembro de 2018), o indicador subiu 3,09% frente ao mesmo perío­do do ano anterior.

Neste ano, em Ribeirão Pre­to, houve retração de 2,9% em julho e junho fechou em queda de 1,95%. Fevereiro terminou com recuo de 2,36%, assim como março, com 1,99%, e abril, de 2,59%. Em maio, porém, a baixa foi de 3,99%. Foi um dos mais relevantes resultados nega­tivos dos últimos anos, reflexo da greve dos caminhoneiros que parou o País.

As vendas do setor subiram 0,38% em dezembro – o Natal ajudou a interromper uma se­quência de três meses seguidos no “vermelho”, mas o carnaval interrompeu a boa fase. Apesar dos números, os lojistas acredi­tam que a situação vai melhorar até dezembro, quando as lojas vão atender em horário espe­cial de olho no décimo terceiro salário, que deve injetar cerca de R$ 730,80 milhões na economia local. Os dados divulgados nesta sexta-feira, 19 de outubro, são da Pesquisa Movimento do Co­mércio, realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribei­rão Preto e Região (Sincovarp).

Entre os empresários en­trevistados, 52,1% declararam que as vendas de setembro de 2018 foram piores do que as do mesmo período do ano passado, enquanto, 43,7% consideraram o contrário e, para 4,2%, os volumes ven­didos foram equivalentes. O resultado aponta para uma polarização, com pouco mais da metade das empresas apre­sentando quedas nas vendas, e a outra indicando elevação.

Esta polarização mostra que algumas empresas, em setores específicos, começam a sentir os efeitos da recuperação mais rapidamente enquanto outras, ainda sofrem com a desacele­ração da economia. Entre os pesquisados, cinco registraram queda e quatro, crescimento. Os negócios recuaram em te­cidos/enxoval (4,20%), livraria/ papelaria (3,17%), cine/foto (2,60%), ótica (1,58%) e calça­dos (0,50%). Setembro fechou em alta para móveis (3,36%) e vestuário (3,13%). Os resulta­dos mais expressivos foram os de eletrodomésticos (1,82%) e presentes (0,20%).

As vendas no varejo ribei­rão-pretano caíram 1,13% no acumulado do ano passado. O índice foi melhor do que os de 2016 (queda de 2,73%) e 2015 (recuo de 3,78%) e pior que a retração de 0,46% de 2014. O pior resultado de 2017 foi re­gistrado em outubro – nem o Dia das Crianças conseguiu segurar os negócios do setor –, com recuo de 2,84%, apesar de o Sincovarp ter informado em fevereiro que o resultado foi de -2,68% com ajustes.

Em novembro a queda foi de 1,21% e, em setembro, as ven­das recuaram 0,63%, depois de registrar crescimento de 1,13% em agosto e de 0,08% em julho. O sindicato já havia registra­do queda de 1,58% em junho, 1,56% em maio, 1,78% em abril, 0,87% em março, 2,47% em fe­vereiro e 1,97% em janeiro.

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