Tribuna Ribeirão
Política

WhatsApp – PDT pede ao TSE que anule eleição

O Partido Democrático Trabalhista (PDT), do can­didato terceiro colocado no primeiro turno das eleições a Presidente da República, Ciro Gomes, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma ação em que pede a anulação das eleições sob alegação de abuso de poder econômico e irregularidades na arrecadação e gastos da campanha do can­didato Jair Bolsonaro (PSL), o mais votado no primeiro turno.

Os advogados do PDT, ci­tando reportagem do jornal Folha de S. Paulo sobre dis­seminação de notícias falsas em redes sociais, afirmam que “empresas foram contratadas para disseminar mensagens, via rede social WhatsApp, com o intuito de promover propa­gada eleitoral denegrindo os oponentes do Sr. Jair Bolsona­ro, de modo a favorecê-lo na corrida presidencial”. Segundo o partido, o financiamento da propaganda eleitoral foi cons­tituído de forma ilícita, porque há proibição de doação empre­sarial, conforme decisão do Su­premo. Bolsonaro tem negado as suspeitas.

A ação foi apresentada um dia depois de o Partido dos Trabalhadores ter pedi­do a cassação da chapa do candidato Jair Bolsonaro, o que também é requerido pelo PDT. Mas o PT não chegou a pedir a anulação da eleição, ao apresentar ação na quinta-fei­ra (18). Para afirmar que tem legitimidade de propor ação, o PDT diz que seu candidato, Ciro Gomes, foi “eliminado do segundo turno das eleições devido a essa espúria prática de divulgação de fake news”.

Realçando que é proibido o uso de recursos de empresas, o partido afirma que “contratos firmados entre pessoas jurídicas, a exemplo, da empresa Havan Lojas de Departamentos Ltda – de propriedade de Luciano Hang, é absolutamente ilícito”. O partido conclui que o abuso de poder econômico “macula a es­sência do voto, tornando preju­dicada o resultado das eleições”

Na ação, o PDT pede que sejam produzidas provas a partir da quebra do sigilo bancário, te­lefônico e telemático do dono da Havan, Luciano Hang, e das em­presas Havan, Yacows Desen­volvimento de Software, CROC Services Soluções de Informá­tica, SMSMARKET Soluções inteligentes; AM4 Brasil Inteli­gência Digital e Quick Mobile Desenvolvimento e Serviços.

Além disso, pedem que o TSE proíba as empresas de com­partilhar mensagens de divul­gação relacionadas a eleição. E que todas as empresas e empre­sários que venham a ser citados no processo sejam obrigadas a disponibilizar relatório contábil, relação de clientes, contratos, notas fiscais e todos os docu­mentos contábeis necessários para demonstração de quais re­lações jurídicas foram realizadas no período eleitoral.

O PDT afirma também que, mesmo diante de notícias sobre fake news, os candidatos Jair Bolsonaro e Hamilton Mou­rão não teriam feito “qualquer esforço para coibir a prática ou desencorajar estes atos”. “Muito pelo contrário, no último dia 12, em transmissão em sua página no facebook, o candidato Jair Bolsonaro criticou o WhatsApp pela limitação de encaminha­mento de mensagens, sabendo que a restrição era das mensa­gens irregularmente veiculadas”, diz a ação.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, informou que o partido também está coletando informações e do­cumentos que indiquem ile­galidade em ações online da campanha de Jair Bolsonaro e de pessoas ligadas ao deputado federal. Segundo ele, os dados serão apresentados de forma complementar.

“O que tem agora é muito grave. Não adianta o Bolsonaro imitar o Lula e dizer que não sabe de nada. Até porque não acabou bem para o Lula, né? Está preso”, disse Lupi, que foi ministro de Lula e entrou na justiça para visitá-lo na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Postagens relacionadas

Ribeirão Preto 2023 – Repasse de ICMS aumenta em maio

William Teodoro

Nogueira tem maior tempo de rádio e TV

Redação 1

Moradores vão cuidar de canteiros públicos

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com