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Chuva causa mais transtornos em RP

Um dia depois do temporal que deixou 179 pessoas de 43 famílias da Cidade Locomotiva desalojadas, alagou ruas e ave­nidas, deixou vários trechos da cidade interditados, fez veículos boiarem como se fossem botes e provocou pane em semáforos e acidentes de trânsito, Ribei­rão Preto voltou a sofrer com a chuva. Desta vez, ela veio acom­panha de fortes rajadas de ven­to que derrubaram árvores em várias regiões, telhados de zinco e telhas. Moradores registraram queda de granizo em bairros da Zona Leste.

Na Favela da Cidade Loco­motiva, onde vivem cerca de 1.600 pessoas de 370 famílias, um dos locais mais afetados pelo temporal que atingiu a cidade na quarta-feira (17), novos pontos de alagamento foram registra­dos. Os moradores passaram o dia limpando as casas e tentando recuperar roupas, móveis, col­chões e outros produtos quando, no final da tarde, a chuva forte voltou – ainda chovia por volta das 23 horas, pouco antes do fe­chamento desta edição.

Na quarta-feira, em seis ho­ras, das cinco da madrugada às onze da manhã, choveu o equivalente ao mês inteiro. O volume de 140 milímetros foi o maior para outubro em doze anos. Houve alagamento em vários bairros de Ribeirão Preto, nas avenidas Doutor Francisco Junqueira, Cavalheiro Paschoal Innecchi com a rotatória Doutor Oscar de Moura Lacerda, aveni­da Eduardo Andrea Matarazzo (Via Norte) e até na Rodovia Anhanguera (SP-330).

Na região central da cidade, o Retiro Saudoso transbordou em alguns pontos. Também houve alagamentos e enxurradas em ruas do Centro, do Jardim Pau­lista e do Parque São Sebastião, na Zona Leste, e na Vila Elisa, na Norte. A maioria das famílias da Cidade Locomotiva voltou para a favela na noite de quarta-fei­ra, apreensivas. Outra parte foi para o Parque Permanente de Exposições, o antigo recinto da Feapam.

Nesta quinta-feira os desalo­jados, que recusaram a oferta da Secretaria Municipal de Assis­tência Social para ficar na Casa de Passagem, foram para uma ONG onde receberam roupas e alimentos. A pasta informou que atua na região e que col­chões e cobertores foram doa­dos às famílias. Cestas básicas e roupas foram distribuídas nesta quinta-feira, além de refeições e frutas. Uma assistente social trabalha no atendimento da po­pulação.

A Secretaria de Assistência Social informa que encaminhou as famílias desalojadas para a Casa de Passagem, mas ela só utilizaram o abrigo para a higie­ne pessoal. Ontem a pasta distri­buiu 43 cestas básicas e roupas. Também foram oferecidas 180 refeições e frutas para as crian­ças. A Secretaria Municipal de Infraestrutura, a Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU) e a Transerp atuaram durante todo o dia limpando a cidade, recu­perando o asfalto e orientando motoristas, principalmente em pontos de alagamento e onde os semáforos pararam de funcio­nar, além de indicar desvios.

Com o apoio de 18 viaturas (carro/moto), 19 agentes civis de trânsito intensificaram o apoio em 14 pontos de alagamentos da cidade. Ao todo, a operação usou 66 cavaletes para bloqueios e desvios. Além disso, a empresa prestou suporte em onze regis­tros de intercorrência na malha asfáltica, uma retirada de galho na via, dois apoios em veículos com falha mecânica em via pú­blica. Outro destaque foi o apoio no desvio do trânsito da avenida Dom Pedro I, devido a um aci­dente de uma carreta na avenida Capitão Salomão.

Também registrou 26 ocor­rências de cruzamentos com semáforos inoperantes na região Norte, principalmente nos bair­ros Ipiranga e Campos Elíseos. Na região Central/Oeste houve dez registros de cruzamentos com semáforos desligados por causa da chuva. Na região Leste, nos bairros Jardim Paulista e Ri­beirão Verde, a equipe do setor de sinalização semafórica registrou oito casos de instabilidade nos cruzamentos. A Transerp infor­ma que todos os semáforos que apresentaram instabilidade já retornaram ao funcionamento.

Queda de árvores
Na avenida Portugal, região do bairro Jardim São Luiz, na Zona Sul, uma seringueira de grande porte caiu e foi necessá­rio interditar o trecho. A árvore que estava no terreno de uma chácara tombou em direção à rua e afetou a fiação elétrica e um poste. Segundo a CPFL Pau­lista, 2,3 mil moradores ficaram sem energia – a previsão é que o serviço voltasse ao normal às 22 horas de ontem.

A seringueira, no entanto, só será totalmente retirada nes­ta sexta-feira (19). De acordo com o Corpo de Bombeiros, ninguém passava no local no momento da queda. Moradores da região disseram que a árvo­re já apresentava rachaduras. A Empresa de Trânsito e Trans­porte Urbano de Ribeirão Pre­to (Transerp) informou que os semáforos da avenida Maurílio Biagi com a Portugal e a rua Do­mingos Adilson Canesin foram desligados por causa da falta de energia na área.

Agentes foram enviados ao local para orientar motoristas e organizar o trânsito. Não há previsão para normalização dos semáforos. No bairro Jardim Florestan Fernandes, Zona Les­te da cidade, duas árvores de grande porte caíram na avenida Antônia Mugnatto Marincek, a popular Estrada das Palmeiras. Também houve registros nos bairros Jardim Aeroporto e Sal­gado Filho, na Zona Norte.

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