Dorival Balbino, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp); Alberto Borges Matias, do Observatório Social; Eduardo Marchesi de Amorim e Maurilio Biagi Filho, do Instituto Ribeirão 2030; Chaim Zaher, da Mentoria Ribeirão 2020; Guilherme Feitosa, do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp); Paulo César Garcia Lopes, do Sindicato do Comércio Varejista (Sincovarp); e José Batista Ferreira, do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) emitiram nota sobre a questão do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM).
Dizem que, embora o centro do problema seja o déficit na aposentadoria dos servidores, é importante alertar que esta é uma crise gravíssima que atinge diretamente cada cidadão. “Teremos que arcar com um déficit atuarial de R$ 15 bilhões. Este é o saldo negativo que o modelo de plano previdenciário financeiro do IPM vai deixar para Ribeirão Preto até que o último beneficiário do modelo que vigorou até 2011 receba sua última pensão ou aposentadoria.”
“O mais grave, porém, é que este não é um problema futuro. Já no final deste ano a prefeitura começa a deixar de pagar fornecedores e terá que cortar muito mais para arcar com os R$ 240 milhões necessários para cobrir o rombo do IPM. São quase R$ 400 por habitante só em 2018. Isto é dinheiro extra para fechar a conta do instituto, mesmo depois das receitas referentes às contribuições legais de funcionários (11%) e prefeitura (22%) sobre a folha de pagamento”.
“A imensa maioria da população não pode continuar arcando com este prejuízo. Cada cidadão perde R$ 400 por ano que poderiam ser aplicados em saúde, segurança, educação e no desenvolvimento da cidade como um todo. Se nada for feito, os servidores logo irão sentir na pele atraso de salários e perda de benefício, assim como temos visto em outros estados da federação”, citam na nota conjunta.
“Por isso, nossas entidades representativas da sociedade organizada também realizarão um esforço para analisar com profundidade a grave situação com o propósito de contribuir com alguma proposta que auxilie a cidade. Não existem soluções mágicas pois problemas complexos exigem soluções complexas. Ao mesmo tempo também exigem que cada um contribua com sua cota de esforço. O que não podemos aceitar é que apenas o contribuinte pague a conta”, finalizam.