Os integrantes da Executiva Nacional do PSB decidiram nesta terça-feira, 9, que a sigla apoiará oficialmente Fernando Haddad, do PT, no segundo turno da eleição presidencial. Os diretórios do Distrito Federal e de São Paulo, no entanto, foram liberados para se posicionarem de forma independente.
Ao anunciar a decisão, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, afirmou, no entanto, que o partido cobrará de Haddad a formação de uma frente democrática envolvendo, além de partidos políticos, atores da sociedade civil.
“No momento difícil que vive o País, queremos que a candidatura se transforme em uma frente democrática. Não estamos apoiando o candidato do PT, mas sim quem vai liderar essa frente para defender a democracia”, afirmou Siqueira.
O partido deverá ainda entregar a Haddad um documento com pautas programáticas. De acordo com o presidente do partido, o PT não pediu apoio formalmente. “Estamos nos posicionando porque é a obrigação de um partido que tem vida republicana”, disse.
O apoio do PSB era considerado pelo PT como fundamental para impulsionar a candidatura do partido no segundo turno e angariar forças contra o adversário, Jair Bolsonaro (PSL).
Na manhã desta terça, Haddad havia dito que é preciso fazer uma “recomposição de campo”. O ex-prefeito de São Paulo lembrou também do apoio do PDT e do PSOL e ressaltou que, neste momento, ninguém está discutindo a definição de cargos em um eventual governo.
Haddad, no entanto, também espera um apoio formal do governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que disputa a reeleição no segundo turno. O candidato afirmou que prefere manter a neutralidade.
A cúpula do partido acatou a vontade de França e do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, que também disputa a reeleição no segundo turno. Os dois estão em Estados onde Bolsonaro tem amplo apoio e uma declaração pública a favor de Haddad poderia prejudicá-los.
“Decidimos que São Paulo e o DF poderão examinar suas coligações e definir qual posição irão querer adotar. Temos confiança absoluta neles e eles precisam ter liberdade para conduzir suas candidaturas”, afirmou Siqueira.