Tribuna Ribeirão
Economia

Dia das Crianças – Data deve movimentar R$ 9,4 bilhões no varejo

ALFREDO RISK

Apesar da lenta retomada da economia refletir no ânimo dos brasileiros, a maioria dos consu­midores (72%) deve ir às compras este ano no Dia das Crianças – em especial as mulheres (77%). É o que revela pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Di­rigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais. No ano passado, 67% compraram presentes na data. Para 2018, a ex­pectativa é de que o varejo movi­mente cerca de R$ 9,4 bilhões.

Diante de um cenário com alto índice de desemprego e ren­da achatada, os gastos do consu­midor também prometem ser ponderados. De acordo com o levantamento, (39%) dos entrevis­tados que presentearão, principal­mente filhos, sobrinhos, netos ou afilhados, pretendem gastar o mesmo valor que o ano assado, enquanto 24% planejam com­prar menos. No total, cada con­sumidor deve desembolsar, em média, R$ 187 com presentes.

O Dia das Crianças representa a última festa comemorativa antes do Natal e dará sinais de como será o desempenho das vendas no final do ano. “As intenções de compra da data servirão de ter­mômetro para o fim de ano, ao trazer as primeiras impressões do que deve acontecer no Natal, prin­cipalmente em um momento que o poder de compra das famílias continua sendo afetado pelas di­ficuldades econômicas”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Os impactos da crise ainda estão presentes no dia a dia das pessoas e contribuem para que boa parte gaste menos na data. A principal razão para que haja um freio no consumo daqueles que pretendem gastar menos este ano deve-se ao orçamento apertado (34%), enquanto 24% desejam economizar, 18% estão desem­pregados e por essa razão se veem impossibilitados de comprar e 9% têm outras prioridades de aquisi­ção (9%), como carro e casa. Há ainda os que precisam pagar dívi­das em atraso (8%).

Embora os consumidores es­tejam cautelosos, a pesquisa mos­tra que cerca de um terço (30%) pretende comprar dois presentes e 25% apenas um. A maioria (66%) espera pagar os produtos à vista e o dinheiro será a opção de 51% dos entrevistados. Em segundo lugar, aparece o cartão de crédito parcelado (34%) e em terceiro, o cartão de débito (28%). Entre os que planejam parcelar as com­pras, a média de prestações é de quatro parcelas.

Os shopping centers são o lugar preferido dos consumi­dores para fazer suas compras (42%), embora 35% optem pela internet, provavelmente motivados pela comodidade e praticidade de encontrar seus presentes. Já 28% menciona­ram que buscarão o tradicional comércio de rua. Mesmo com uma inflação menor se compa­rada ao auge da crise, a maioria dos entrevistados (59%) avalia que os preços dos presentes es­tão mais caros do que em 2017. Para 31%, os preços estão na mesma faixa e apenam 6% di­zem estar mais baratos.

O estudo aponta ainda que oito em cada dez consumido­res (80%) pretendem pesquisar preços antes de comprar – em especial as mulheres (84%) e as classes C e D (82%). Entre os que adotam a prática da comparação pela internet (77%), o meio de pesquisa mais utilizado são os sites de busca, como o Google (66%). Também há os que recorrem aos portais e aplicativos de compa­ração de preços (51%) e os sites de ofertas (48%). Muitos entre­vistados disseram ter o hábito de pesquisar preços também em lo­jas de rua (46%), principalmente as mulheres (51%).

Quando indagados se costu­mam gastar mais do que podem para presentear no Dia das Crian­ças, a maioria das pessoas (74%) respondeu que não. Por outro lado, 22% reconhecem assumir despesas acima de suas possibili­dades financeiras. A consequência do hábito de gastar além do pró­prio orçamento é a inadimplên­cia: 28% dos que pretendem fa­zer compras nesta data possuem alguma conta atrasada, sendo que destes, 69% estão com o nome sujo. Entre os que com­praram presentes ano passado, 23% admitem ter ficado negati­vado devido às compras do Dia das Crianças, sendo que 16% ainda estão nesta situação.

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