A ópera “Don Giovanni”, obra-prima do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) com libreto de Lorenzo Da Ponte (1749-1838), fica em cartaz no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, até esta terça-feira, 2 de outubro. A sessão conta com áudio-descrição para atender o público com deficiência visual. O espetáculo estreou na sexta-feira (28) e foi reapresentada domingo (30).
Uma obra-prima de Mozart. O maestro Cláudio Cruz, da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), assina a direção artística e musical e será o regente. A direção cênica é de Mauro Wrona, com Caetano Vilela como designer de luz e o figurinista Fábio Namatame. A montagem criteriosa conta a lenda de Don Juan que surgiu como um conto moral de advertência contra a vida desregrada.
Como nenhum outro compositor até então, Mozart percebeu que, explorando a força emocional do canto, poderia infundir sangue e vida nos heróis da ópera tradicional, seja ela séria ou cômica. Thayana Roverso (soprano) foi escolhida para interpretar a personagem Zerlina e Camilo Calandrelli (barítono) fará Masetto.
“Don Giovanni” trata da história do galanteador espanhol conhecido pela fama de conquistador. A obra, que expõe a desordem dos afetos, ambientada em Sevilha, na Espanha do século XVIII, traz uma crítica social e sarcasmo misturando a comédia ao drama. Seu mote, que se desenrola em dois atos, se dá já na primeira cena, por conta da tentativa de estupro por parte de Don Giovanni à Donna Anna.
Os personagens vivem envoltos em emoções e desejos violentos, tendo ainda como tema central o “don juanismo” clássico na psicologia moral com foco no enlouquecimento do desejo. Neste cenário, e apesar de escrita em 1787, encenada pela primeira vez no Teatro Di Praga, não poderia trazer à tona assunto mais atual.
O tom cômico da peça se dá a partir da relação entre Don Giovanni e seu serviçal Leporello. A todo o momento o servo tenta alertar o patrão sobre os riscos que ele corre se envolvendo com mulheres casadas e donzelas, cujos pais juram morte ao sedutor a cada uma de suas investidas. É considerada uma das obras-primas da história das óperas. A organização é da Matiz Eventos, que elaborou o projeto e executa toda a produção artística numa parceria com a Fundação Dom Pedro II – prefeitura de Ribeirão Preto. O projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC) – via Lei Rouanet – e apoiado por empresas e pessoas físicas da cidade e da região.
A sessão desta terça-feira (2) terá início às 20 horas. Os ingressos custam R$ 80 (plateia e frisa), R$ 60 (balcão nobre) e R$ 40 (balcão simples). Já a meia -entrada só vale para estudantes com carteirinha da instituição de ensino, professores da rede pública (municipal e estadual) com apresentação de holerite ou documentação e aposentados e idosos acima de 60 anos com documento comprobatório (cédula de identidade, RG).
Essas pessoas têm 50% de desconto e vão pagar R$ 40, R$ 30 e R$ 20, respectivamente. Crianças de até dois anos não pagam. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e no site especializado Ingresso Rápido (www.ingressorapido. com.br). Não será permitida a entrada após o início do espetáculo. Quem chegar atrasado também não poderá trocar o ingresso e não haverá devolução de dinheiro.
A Fundação Pedro II também proíbe o consumo de comidas e bebidas no local. O teatro fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Telefone para mais informações: (16) 3977-8111. O espetáculo não é recomendado para menores de 12 anos devido ao horário.