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A mensuração do envelhecimento (7)

É comum mencionar que algumas pessoas parecem enve­lhecer mais rapidamente que outras, e que algumas, aparen­temente, não envelhecem. Embora dados de vários estudos transversais e longitudinais, envolvendo diferentes habilida­des cognitivas, tenham demonstrado que estas funções dimi­nuem com o envelhecimento, não parece ocorrer concomi­tantemente um aumento na variabilidade dos desempenhos cognitivos em certo momento etário. De fato, a variabilidade entre pessoas, no envelhecimento, refletida tanto nos escores de funcionamento cognitivo quanto nas medidas das estru­turas cerebrais, tem mostrado magnitudes similares. Esta va­riabilidade constante em diferentes idades surpreende porque se supõe que as diferenças individuais nas taxas de envelheci­mento são sobrepostas às diferenças individuais pré-existen­tes para produzirem uma maior variabilidade entre – pessoas em idades mais velhas.

Este fenômeno da variabilidade aproximadamente cons­tante, a despeito das médias de desempenhos serem sistema­ticamente menores com o aumento da idade, é importante porque sugere que diferenças individuais nas taxas de en­velhecimento podem ser relativamente pequenas, particu­larmente quando estas são comparadas com as diferenças individuais aparentes em qualquer idade. Estudo recente examinou esta variabilidade entre pessoas nas médias trans­versais e nas mudanças longitudinais a curto-prazo, bem como, em diferentes habilidades cognitivas e em diferentes faixas etárias da maturidade. Para isso, 3781 adultos entre 18 e 98 anos de idade participaram pelo menos uma vez, e, des­tes, 1623 retornaram para uma sessão adicional, ao menos, com intervalos entre a primeira e segunda sessão variando de menos que 1 ano até quase 9 anos.

As habilidades, capturadas por meio de 16 testes cogniti­vos designados representarem cinco habilidades cognitivas: raciocínio, visualização espacial, velocidade de processa­mento, memória episódica e vocabulário. Resultados? A variabilidade em ambos os níveis, bem como, a mudança no desempenho cognitivo em todas as habilidades cognitivas mensuradas foram similares entre adultos saudáveis de 25 a 75 anos de idade. Ademais, as correlações entre os escores da primeira e da segunda sessões foram muito altas e, aproxima­damente, de mesma magnitude para todas as faixas etárias. Diferenças encontradas? Apenas a estabilidade entre os esco­res mnemônicos pareceu exibir tendência a diminuir com o envelhecimento. Tomados juntos, os resultados indicam que diferenças entre pessoas, nas mudanças cognitivas, a curto -prazo, não são inevitavelmente maiores entre adultos idosos saudáveis do que entre adultos jovens.

Desta forma, qualquer seja o mecanismo neural e/ou psicológico que esteja contribuindo para a mudança ou esta­bilidade, o mesmo, provavelmente, está operando de maneira similar ao longo de toda a maturidade.

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