O Comercial tem três dúvidas para o confronto decisivo, no sábado, às 15 horas, diante do Flamengo de Guarulhos. Cesinha, Matheus China, ambos com dores musculares, e o atacante Michel Renner, com uma lesão no joelho esquerdo, colocam o técnico Pinho em compasso de espera para definir o time. “Espero que o departamento médico libere esses jogadores para o treino coletivo desta quarta-feira”, afirma o comandante.
No dia anterior, Pinho se mostrava tranquilo quanto ao time que mandaria a campo para buscar a classificação para a fase de mata-mata do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Ele previa repetir a mesma escalação da equipe que derrotou o São José, no Vale do Paraíba, por 1 a 0, em um jogo dramático e que recolocou o Alvinegro na disputa de uma das duas vagas para o quadrangular final.
“Eles têm que treinar amanhã [hoje] para jogar no sábado, pois senão fica difícil. Temos muitas opções e podemos lançar mão delas, caso isso seja necessário”, disse o treinador.
Se o comandante faz mistério ou se tenta confundir o técnico do Flamengo, Marcelo Marelli, não se sabe. Nas últimas semanas, Pinho adotou a tática de não dar pistas daquilo que pretende fazer e pode ser que tenha colocado novamente em prática essa tendência. “Não é isso, temos problemas e contamos com esses atletas, mas vai depender muito do estado físico de cada um. O Cesinha e o China se esforçaram muito contra o São José, estão desgastados e as dores musculares aparecem bem depois do jogo”, explicou.
A lesão do atacante Michel Renner não foi grave, mas deixa o atleta como dúvida para a partida do campeonato. Peça-chave no time do técnico Pinho e com experiência na divisão, o jogador de 23 anos está lutando contra o tempo ao lado do fisioterapeuta Pericles Machado para ter condições de jogo.
Desde segunda-feira (24) ele trabalha em dois períodos na clínica Physio Athletic, parceira do clube e que já recebeu outros atletas nesta temporada, como o volante Gabriel Bispo e o atacante Gleyson. Michel tem dificuldade para estender o joelho e sente algumas dores.
“É um quadro típico de pós-entorse. Há a presença de derrame articular, que normalmente é provocado por um ‘estresse’ intra-articular. Por isso estamos fazendo um trabalho intenso para conter o quadro inflamatório”, disse Pericles, que tem 26 anos de carreira e é referência na área esportiva.
O fisioterapeuta explica que um prognóstico mais preciso sobre a volta dele aos gramados depende de como reagirá ao tratamento nos próximos dias, em especial nas primeiras 72 horas pós-trauma.