Tribuna Ribeirão
Geral

Um dia para homenagear e proteger o amigo do peito

Acontece em 29 de setembro o Dia Mundial do Coração, criado no ano 2000 pela World Heart Federation (WHF). O propósito, muito significativo, é alertar as pessoas e a socie­dade sobre a importância de manter uma boa saúde cardíaca. Nesta data tão relevante para a prevenção e consciência, é pertinente observar os números que acabam de ser divulga­dos pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS): as doenças crônicas matam 36 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, número equivalente a 63% de todos os óbitos. As mais fatais dessas enfermidades são as cardiovasculares.

Segundo a OPAS, as doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio e o chamado derrame (AVC – Aciden­te Vascular Cerebral), tiram a vida de quase 18 milhões de pessoas por ano, o que representa 31% de todas as mortes. No Brasil, são 350 mil óbitos anuais, um a cada 40 segundos.

O organismo internacional salienta que se a mortalida­de por doenças cardíacas isquêmicas e derrames fosse re­duzida em 10%, as perdas econômicas seriam diminuídas em 25 bilhões de dólares por ano. Este valor é três vezes maior do que o investimento necessário para medidas de prevenção e controle.

Prevenir, porém, é uma atitude muito mais ao alcance de cada pessoa do que do Estado e das políticas públicas de saúde. Os fatores de risco para doenças cardiovasculares são muito conhecidos e precisam ser levados em consideração. Dietas inadequadas, carregadas em gorduras e açúcar, seden­tarismo, tabagismo, consumo nocivo de álcool e obesidade são fatores que cada indivíduo pode combater de maneira autônoma e consciente, simplesmente mudando seus hábitos cotidianos e adotando práticas mais saudável em suas vidas.

Também é importante checar regularmente os níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides, a pressão e a concen­tração de glicose. Afinal, fatores como hipertensão, hiperli­pidemia e diabetes, também decorrentes em grande parte de hábitos cotidianos equivocados, são grandes fatores de risco para o coração.

Assim, neste Dia Mundial do Coração, faça um pacto com este seu amigo do peito. Pare de fumar, emagreça, mantenha atividades físicas regulares (sempre com autorização médica), reduza o sal, a gordura e os doces em sua alimentação e não transforme o álcool em fator nocivo. Obviamente, as políticas públicas de saúde são muito importantes para que todos os indivíduos tenham acesso mínimo aos serviços de atendi­mento e às ações médicas preventivas. Porém, ninguém pode fazer mais e melhor pela saúde cardíaca de cada pessoa do que ela própria.

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