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Eleições 2018 – Candidatos de RP arrecadam R$ 5,44 mi

O prazo para que candidatos e diretórios estaduais e munici­pais de partidos políticos pres­tassem contas parciais terminou na última quinta-feira, 13 de se­tembro, mas o balanço final só será fechado após o pleito de 7 de outubro, primeiro turno das eleições, quando será definida a composição da Câmara dos Deputados e da Assembleia Le­gislativa de São Paulo (Alesp), segundo determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Dia a dia estão sendo divul­gados, no site “Divulgação de Candidaturas e Contas Eleito­rais” (Divulgacand), relatórios referentes ao registro de movi­mentações financeiras ou esti­máveis em dinheiro realizadas desde o início da campanha eleitoral. A ausência de movi­mentação não isenta o candi­dato e partido político da res­ponsabilidade de prestar contas na forma prevista na resolução 23.553/2017.

Até o final da tarde desta ter­ça-feira (18), segundo o site Di­vulgacand, 38 dos 44 candidatos de Ribeirão Preto que concor­rem a vagas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa de São Paulo declararam um mon­tante de R$ 5.442.506,83. Dentre os 19 que disputam uma das 70 cadeiras do estado no Congres­so Nacional, 18 informaram arrecadação de R$ 4.350.998,68 (ou 78,6% do total), sendo que dois prestaram contas sem ter angariado um único centavo.

O limite de arrecadação e gastos para os candidatos a de­putado federal é de R$ 2,5 mi­lhões. Quem mais conseguiu apoio foi Arnaldo Jardim, do PPS, com R$ 1.823.828,10. Ele tenta a reeleição. A maior parte veio do fundo partidário (R$ 1.168.128,11, ou 64,05% do to­tal). O restante foi doado por pessoas físicas (R$ 655.699,99 ou 39,05%). Em seguida aparece Baleia Rossi, do MDB, que tam­bém já é deputado federal, com R$ 1.502.000,00, sendo R$ 1,5 milhão do partido e apenas R$ 2 mil de pessoas físicas.

Neste grupo a menor ar­recadação é de Maria Claudia Carvalho (Novo), de apenas R$ 590, e com recursos pró­prios. Em seguida aparece Bertolino (Patriota), com R$ 4 mil, fruto de doações de pesso­as físicas. Dos 25 candidatos a estadual, 20 prestaram contas, sendo que cinco não arrecada­ram um centavo até agora. O limite de arrecadação e gastos para quem disputa uma das 94 vagas na Alesp é de R$ 1 mi­lhão. Eles declararam doações que somam R$ 1.091.508,15 (ou 21,4% do total da cidade).

Dentre os candidatos a es­tadual, o campeão de arreca­dação até agora é Léo Oliveira (MDB), que tenta a reeleição, com R$ 643.381,00, sendo R$ 43.381,00 de pessoas físicas (ou 6,74%) e R$ 600 mil do partido (93,26%). Depois aparece ou­tro candidato à reeleição, Rafael Silva (PSB), com R$ 169.101,20, sendo R$ 52.038,20 de pessoas físicas (ou 30,77%), R$ 100 mil do partido (59,14%) e R$ 15 mil de recursos próprios (8,87%), além de R$ 2.063,00 de ori­gem não identificada (1,22%).

As menores arrecadações, sem contar quem não conseguiu nada, são de Roberto Enfermei­ro (PT), com R$ 100, Lucas Ke­xão (Pros) com R$ 305 e Juari (PMN), com R$ 700 – os três com recursos próprios –, e So­nia Borges (Rede), com R$ 800 doados pelo partido. Dentre os 44 candidatos de Ribeirão Preto, apenas dez não têm bens em seus nomes, segundo o Tribunal Superior Eleito­ral. Os demais 34 acumulam quase R$ 30 milhões – são R$ 29.906.767,29 em imóveis, veí­culos, aplicações e dinheiro em conta corrente ou poupança.

Deste montante, R$ 8.367.503,56 foram declarados por 17 dos 25 candidatos a uma vaga de deputado estadual na Alesp – sete não possuem bens ou ainda não informaram ao TSE. O volume corresponde a 28% do to­tal. Já 17 dos 19 postulantes a uma cadeira de deputado federal no Congresso Nacional têm posses que somam R$ 21.539.263,73, ou 72% de toda a fortuna decla­rada ao Tribunal Superior Elei­toral pelos “ribeirão-pretanos”.

“A não apresentação tem­pestiva da prestação de contas parcial ou a sua entrega de for­ma que não corresponda à efe­tiva movimentação de recursos pode caracterizar infração grave, que será apurada no julgamento da prestação de contas final”, in­forma o Tribunal Regional Elei­toral de São Paulo (TRESP).

Na segunda-feira (17), o TSE divulgou alguns números que dão ideia da dimensão do traba­lho para deixar tudo pronto até o dia 7 de outubro. Este ano, para viabilizar o voto de mais de 147 milhões de eleitores em cada um dos 5.570 municípios e em 171 localidades no exterior, a Justiça Eleitoral terá 15,4 mil servido­res e colaboradores, 2.645 juízes eleitorais e também com um batalhão de aproximadamente dois milhões de voluntários, que atuarão como mesários.

Sobre o total de urnas eletrô­nicas, no primeiro turno, serão 556 mil distribuídas em mais de 480 mil seções eleitorais. No Brasil, a menos que haja algum problema na urna da seção e na substituta, não há votação em cédula de papel. Em um esfor­ço logístico, urnas são levadas a locais remotos, como comuni­dades ribeirinhas amazônicas e aldeias indígenas, e de lá, ao fim do pleito, os votos são transmiti­dos por satélite às sedes dos tri­bunais regionais eleitorais.

Clique para ampliar a relação de arrecadação de cada candidato:

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