Eis aí uma briga que já criou barba, mas que finalmente pode encontrar um desfecho. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) deve decidir até outubro quem poderá utilizar a marca “iPhone” dentro do território brasileiro, se a Apple ou a Gradiente. No caso, o que está em pauta é o recurso interposto pela companhia nacional contra uma decisão judicial que favoreceu Cupertino.
A briga judicial entre as companhias vem de longa data. A Gradiente registrou em 2000 a marca “Iphone” (nessa grafia), mas o registro foi concedido apenas em 2008 pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Nessa altura, o primeiro iPhone já havia sido lançado nos EUA pela Apple – mesmo que jamais tenha chegado oficialmente ao Brasil.
Por fim, a Gradiente resolveu comprar a briga, lançando em 2012 o seu Iphone C-600 – sendo logo em seguida acionada na justiça pela Maçã. Na ocasião, Cupertino levou a melhor, sobretudo pela insolvência da IGB Eletrônica, empresa dona da Gradiente. A empresa brasileira, entretanto, não desistiu, e um novo embate foi travado desde 2016.
“Iphone” potente e relativamente barato
Curiosamente, o Iphone C-600 apresentava configurações superiores às do smartphones da Apple. Trata-se de um aparelho parrudo (para a época, pelo menos) com tela de cinco polegadas, resolução de 1280 x 720, processador Snapdragon S4 dual-core de 1,4 GHz, câmera traseira de 13 megapixels e 8 GB de armazenamento – expansível até 32GB com microSD.
O aparelho era movido pela versão 4.2 do Android, a saudosa “Jelly Bean”. Ademais, ainda era possível ouvir rádio FM e utilizar dois chips simultaneamente; e tudo isso por um preço consideravelmente mais amigável.
A Gradiente está atualmente fora do mercado e se encontra em recuperação judicial.