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Influenza – RP registra 23 mortes por gripe

ALFREDO RISK

A Secretaria Municipal da Saúde confirmou nesta segun­da-feira, 17 de setembro, por meio do Boletim Epidemioló­gico, que 23 pessoas morreram este ano em Ribeirão Preto ví­timas dos vírus H1N1 e H3N2, da influenza – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Segundo o relatório, os óbitos foram regis­trados em quatro meses – abril (um), maio (seis), junho (sete) e nove em julho. Não houve víti­ma fatal em agosto.

Em 2017 não foi constatado nenhuma morte na cidade, mas no período anterior doze mora­dores faleceram – em menos de nove meses de 2018 já são onze a mais, quase o dobro, crescimen­to de 91,6%. A cidade também já tem confirmados neste ano 92 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocados por algum tipo de variação do vírus influenza – são 50 de H1N1 (24 em junho), 23 de H3N2, 15 não subtipado e quatro de influenza B (Flu B). A secretaria recebeu 287 notificações de ocorrências suspeitas, 22 em agosto.

No mês passado, porém, não houve óbito e apenas dois casos de H1N1 froam confirmados. O total de pacientes com in­fluenza já é 124,4% superior aos 41 do ano passado (de 246 suspeitos), ou 51 a mais. O to­tal de 2018 já passou os 93 de 2016 (quando a investigou 447 suspeitas), um a mais.

O risco de contágio pelo virus H1N1 levou o arcebispo metropolitano, dom Moacir Sil­va, a emitir um comunicado em 24 de julho, determinado que padres, diáconos e ministros da eucaristia alertem os devotos da Igreja Católica sobre mudanças na rotina em todas as missas rea­lizadas nas paróquias da área da Arquidiocese de Ribeirão Preto por causa da ameaça da influen­za (gripe). A orientação é para que os fiéis evitem o contato físico com o objetivo de barrar a proliferação da doença.

Estão proibidos o “abraço da paz” – aperto de mão com abra­ço e o “beijo da paz”, na face – e a sagrada comunhão via oral –, dar as mãos durante a oração do “Pai Nosso” e também não é permitido ao padre colocar a hóstia consagrada que repre­senta o corpo de Jesus Cristo na boca dos fiéis – tem que colocá -la na mão do devoto.

A Arquidiocese de Ribeirão Preto abrange Altinópolis, Bata­tais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Du­mont, Guatapará, Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Ale­gria, São Simão, Serra Azul, Ser­rana e Sertãozinho.

A nota de dom Moacir Silva alerta para o “crescimento dos casos da gripe H1N1 em nosso Estado de São Paulo” e ressalta que “que todos têm a respon­sabilidade de evitar situações e circunstâncias que facilitem o contágio do vírus.” Segundo o último balanço parcial da cam­panha de vacinação contra o ví­rus influenza em Ribeirão Preto, foram vacinadas 117.504 pesso­as na cidade, no período de 23 de abril a 19 de julho, atingindo uma cobertura vacinal de 76,3% dos grupos prioritários, que é de 154.030 pessoas.

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